Turismo

Site de revista classifica Alcântara como a "Roma Brasileira"

Cidade reconhecida como Patrimônio Nacional pelo Iphan tem praias, quilombos e patrimônios que enchem os olhos dos visitantes

Atualizada em 11/10/2022 às 12h40
Festa do Divino é um dos atrativos
Festa do Divino é um dos atrativos (alcântara)

ALCÂNTARA - Para a revista especializada em turismo Qual Viagem, a cidade de Alcântara pode ser considerada a “Roma Brasileira”, pois reúne os principais monumentos artísticos e históricos do estado do Maranhão. A antiga cidade está localizada em plena Amazônia Legal, cercada por uma das maiores áreas de mangue do mundo e onde se descortinam praias desertas e preservadas e ilhas repletas de histórias e lendas. Reconhecida como Patrimônio Nacional pelo IPHAN, o estilo colonial de seu importante conjunto arquitetônico reflete uma história de opulência e riqueza, quando foi habitada por ricos barões.

De acordo com a revista, suas principais atrações devem ser visitadas a pé, em caminhadas por ruas calçadas de pedra do seu centro histórico. O roteiro pode ter início na Praça da Matriz, onde se encontra a Casa da Câmara e Cadeia, o Museu Histórico e Artístico de Alcântara, as igrejas coloniais e a Casa do Divino. Alcântara tem na festa do Divino a sua maior celebração religiosa. Esse ano a festa irá acontecer de 24 de maio a 4 de junho. Centenas de turistas e festeiros invadem as ruas do centro histórico para acompanhar os cortejos ao Divino.

Praias, ilhas e quilombo

Saindo da parte histórica, o visitante pode realizar passeios de barco por igarapés amazônicos e visitar a ilha do Livramento. Lá vive dona Mocinha e seu fiel escudeiro, Ribamar, apelidado carinhosamente de Punk. Eles vivem numa casinha de palha e são os verdadeiros guardiões da ilha e os responsáveis pelo atendimento aos turistas que desejam acampar ou passar o dia por lá.

Depois de explorar a ilha, chega-se ao final da praia de quase três quilômetros de extensão, onde correm das falésias avermelhadas, uma água doce e geladinha para tirar o sal do corpo num banho relaxante e natural. O roteiro continua de barco, percorrendo as águas fortes dessa bela Bahia onde se navega por uns 30 minutos para observar um espetáculo único, o voo dos guarás, aves de plumagem vermelha, encontradas com frequência na região. São balés intrigantes que rasgam os céus num espetáculo digno da abundante fauna da região.

Outro local indispensável é passear na comunidade Quilombola de Itamatatiua, onde cerca de 165 famílias resistem, e mantém suas tradições. Uma das atrações é conferir o trabalho das artesãs negras que criam peças de barros em estilo único. Jarros, pratos, louças e bonecas trabalhadas manualmente por elas.

Aproveite para visitar a capela de Santa Thereza que se transformou na protetora das casas. Uma das coordenadoras da comunidade é a Srª Neide de Jesus, de 67 anos. Ela afirma que cerca de 20 artesãos trabalham na confecção das peças de artesanato em argila. A comunidade completará em junho próximo 309 anos e é uma resistência a todo o processo de desocupação realizado no interior e distritos de Alcântara, principalmente nas últimas cinco décadas, onde a região se tornou área de segurança nacional em função da base de lançamento de foguetes.

Aprofundar-se nas entranhas ainda mais remotas de Alcântara é surpreender-se com a praia de Mamuna; Num encontro do rio com o mar, seus cinco quilômetros de praia virgem, contrastam com arrecifes e falésias avermelhadas. Do alto deles fique atento, pois na maré alta, dá pra ver o balé delicado dos botos, que brindam os turistas com malabarismos e mergulhos únicos. Essa praia tem pouquíssima estrutura. Pra completar, contrate a dona miúda, uma Moça que prepara sob encomenda um cardápio regional. Peixada, arroz de cuxá, galinha e peixe frito num sabor pra lá de natural. A comida sai a R$ 25,00 por pessoa com direito a saladinha e suco natural.

Como chegar?

A maneira mais fácil para se chegar a Alcântara a partir de São Luis, é por meio da travessia da Baía de São Marcos, que separa a capital e a cidade histórica de Alcântara. A travessia é feita por lanchas e catamarãs, que, de acordo com a tábua das marés, partem diariamente do terminal hidroviário da Praia Grande, que fica no Centro Histórico. Para quem pretende explorar mais a região, pode tomar o Ferry boat que tem partidas a cada hora e meia.

Onde comer?

Localizado bem ao lado de uma capela, no alto de uma falésia, o Restaurante Cantaria, possui a mais privilegiada vista da Ilha do Livramento. O prato imperdível é a fritada de camarão – com certeza, o melhor de todo Maranhão. Experimente também o vatapá, e os deliciosos peixes locais, além do indispensável arroz de cuxá. Beba o suco natural de Bacuri, De sobremesa mouses de frutas regionais, e o famoso e exclusivo Doce de Espécie, tipicamente de Alcântara.

Onde ficar?

Para se hospedar arrisque a Pousada Bela Vista, um pouco longe do centro histórico, mas com uma vista incrível. A Pousada dos Guarás fica colada ao imenso manguezal e possui quartos bem equipados com TV a cabo e frigobar.

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