BRASÍLIA - Os policiais federais, desde as eleições municipais de 2016, estão em plena campanha interna para ampliar a bancada da segurança no Congresso. Segundo Luís Boudens, presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), que representa escrivães, papiloscopistas e agentes, “até 2018, a meta é eleger cinco deputados federais”. Atualmente, a bancada da segurança tem 21 parlamentares. Esse grupo já tem 21 integrantes ocupando cargos municipais — seis prefeitos, 14 vereadores e um vice-prefeito. O objetivo, disse Boudens, é levar todo o conhecimento sobre a área de segurança ao Congresso, para que os pleitos da classe sejam acolhidos e, dentro do possível, atendidos.
“O momento é propício. A Operação Lava-Jato mexeu com o imaginário da população. A sociedade apoiou o combate à corrupção e esse formato investigativo da Lava-Jato, sem perda de tempo na fase inicial, que diminuiu a burocracia e fez uma aproximação com o Ministério Público e o Judiciário”, reforçou o presidente da Fenapef. O atual excesso de burocracia nos trâmites do inquérito, explicou Boudens, é uma determinação do Código de Processo Civil (CPP), de 1940. E também motivo de uma histórica e acirrada guerra com os delegados da PF, que não aceitam mudanças nesse particular.
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