Plantão da Defesa Civil

Chuva causa perigo para áreas de risco

No Centro Histórico de São Luís 24 casarões foram classificados com risco de desabamento

Atualizada em 11/10/2022 às 12h40
Prédio onde funcionou a Seplan ficou abandonado após incêndio
Prédio onde funcionou a Seplan ficou abandonado após incêndio (Prédio)

Para quem está no corredor da folia a chuva é bem-vinda, porque ajuda a refrescar, mas para quem está em áreas de risco ela é motivo de preocupação, pois aumenta os riscos de desabamentos, desmoronamentos e alagamentos. A Prefeitura de São Luís informou que está mantendo a Defesa de Civil de plantão para atender a qualquer ocorrência nas áreas que foram vistoriadas pelos técnicos do órgão.
Uma destas áreas é o Centro Histórico de São Luís, onde 24 casarões foram classificados com risco de desabamento. A Rua da Palma, na Praia Grande, tem pelo menos sete casarões em estado precário.

Durante o mês de fevereiro, os pluviômetros da Defesa Civil registraram média de chuva dentro da expectativa meteorológica. Já para os próximos meses, a previsão é de cerca de 400 milímetros de precipitação. A Superintendência de Defesa Civil Municipal possui, atualmente, 20 pluviômetros, entre automáticos, semiautomáticos e artesanais, que ajudam a monitorar o índice de chuvas nesses locais.

Consequências
Por causa das chuvas mais fortes das últimas semanas, parte da fachada de um prédio na Rua do Sol desabou, mas ninguém ficou ferido por causa do acidente. Neste fim de semana, agentes da Defesa Civil Municipal estiveram no local e interditaram o prédio, evitando a passagem de pedestres no local.

A Defesa Civil informou que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) será informado sobre o ocorrido para que acione o proprietário do prédio. A Defesa Civil não informou, no entanto, se o imóvel constava na lista dos 24 casarões foram classificados com risco de desabamento.

Ao lado do imóvel, cuja fachada desabou, está outro que não consta na lista da Defesa Civil, mas que está em processo degradação. No dia 23 de novembro de 2015, todo o pavimento superior do edifício nº 188, na Rua do Sol, onde funcionava a Secretaria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento (Seplan) pegou fogo.

No dia seguinte, a secretaria foi instalada em novo endereço. Atualmente, mais de um ano após o incêndio o prédio está abandonado. As portas e janelas foram vedadas com tijolos. Sem teto, o casarão é mais um entre os do Centro Histórico de São Luís que serve como criadouro do mosquito Aedes aegipty e sob risco de desabamento por causa da falta de manutenção já que a falta de cobertura facilita a infiltração da água das chuvas nas paredes do imóvel.

A Rua da Palma é uma das mais conhecidas do Centro Histórico de São Luís e ela é o endereço de muitos casarões em estado de deterioração. O casarão de número 468 está com as portas e janelas vedadas com tijolos para impedir a entrada de pessoas. No imóvel 468 escoras de madeira ajudam a estabilizar o que ainda resta do prédio colonial. Segundo relatório da Defesa Civil, na Rua da Palma, até o ano passado nove casarões estavam em situação de risco, agora somente sete estão na lista. A via é uma das mais movimentadas do Centro Histórico.

O risco de desabamento é grande não apenas por causa da idade do casario, que começou a ser construído na segunda metade do século XVIII, mas também por causa das técnicas de construção usadas à época. As paredes dos casarões são feitas de pedra e barro, o que facilita a infiltração e aumenta os riscos de desabamento de telhados e paredões.

Segundo o Iphan, em São Luís, mais de 5 mil imóveis situados no Centro Histórico da capital são tombados, mas apenas 10% pertence ao setor público. O restante é particular e são justamente estes prédios que apresentam os maiores riscos de desmoronamento, pois, alegando não ter recursos para investir na conservação dos casarões, os proprietários não investem na conservação dos sobrados.

A Defesa Civil, órgão vinculado à Prefeitura de São Luís, por meio da Secretaria Municipal de Segurança com Cidadania (Semusc), vistoriou os 60 pontos de áreas de risco localizados na capital maranhense. Na última semana, a Defesa Civil seguiu com monitoramento nos bairros Anjo da Guarda e Coroadinho.

Moradores de área de risco foram orientados, notificados e, nos casos necessários, direcionados para o acompanhamento em assistência social realizado pelo Centro de Referência em Assistência Social (Cras).
O Centro Histórico é outra área em que a Defesa Civil Municipal realiza monitoramento constante, especialmente durante o período chuvoso.

SAIBA MAIS

Mesmo durante o período de Carnaval, a Prefeitura de São Luís mantém equipes da Defesa Civil de plantão com o objetivo de atender às solicitações e prestar a assistência necessária. O serviço funciona 24 horas e pode ser solicitado por meio do telefone 153.

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