Partidos

Madeira confirma que PSDB deve romper com PCdoB nas eleições de 2018

De acordo com o ex-prefeito de Imperatriz, este é o entendimento da alta cúpula nacional do partido, com a qual ele se reuniu recentemente, em Brasília

Gilberto Leda e Marco Aurélio D''Eça

Atualizada em 11/10/2022 às 12h40

O ex-prefeito de Imperatriz, Sebastião Madeira (PSDB), confirmou nesta semana um rumor que ganhou os bastidores políticos nos últimos meses: o de que os tucanos maranhenses não vão reeditar em 2018 a aliança de 2014 com o PCdoB – quando foram eleitos o governador Flávio Dino (PCdoB) e o vice-governador Carlos Brandão.

Em entrevista a um grupo de comunicadores da Região Tocantina, ele disse que “tem uma enorme possibilidade de o PSDB do Maranhão mudar de orientação política”, numa clara referência à possibilidade do fim da aliança.

Sebastião Madeira tem apoio nacional para assumir PSDB
Sebastião Madeira tem apoio nacional para assumir PSDB

Segundo o tucano, esse é um entendimento da alta cúpula do partido, com quem ele esteve recentemente em Brasília.

“Eu estive com o presidente nacional do partido, Aécio Neves, estive com o líder da bancada no Senado, senador Aloysio Nunes, com o presidente do ITV, senador José Aníbal, com o deputado Jutaí, com outros líderes nacionais do partido e todos são unânimes que a orientação política do PSDB para 2018 não será a mesma de 2014”, declarou.

Carlos Brandão está sem espaço no tucanato
Carlos Brandão está sem espaço no tucanato

O tucano confirmou, também, que trabalha para assumir o comando do partido no Maranhão, como forma de pavimentar uma pré-candidatura ao Senado.

“Eu estou pleiteando a direção do partido no Maranhão porque, dependendo disto, é que eu posso planejar o futuro. Para uma candidatura majoritária, ao Senado, por exemplo, eu tenho que ter a liderança do partido no estado, para não ser surpreendido por uma posição contrária quando chegar o momento”, completou.

O governo Temer está encontrando o caminho”Sebastião Madeira, ex-prefeito de Imperatriz

Avaliação

Madeira também fez uma avaliação sobre a administração Flávio Dino. Para ele, o governador tem se esforçado na condução do estado, mas pode estar pecando por “erros de condução política”.

“No Maranhão, o governador Flávio Dino, não se pode negar que ele tem feito um enorme esforço para administra o estado. Tem feito muitas obras, muita gente aponta erros de condução política. Mas é um governo que não tem escândalos, e um governo que você vê o esforço para dar a resposta ao estado”, concluiu.

PSB ainda sem futuro definido no Maranhão

Marco Aurélio D'Eça

Editor de Política

José Reinaldo e Roberto Rocha disputam o PSB
José Reinaldo e Roberto Rocha disputam o PSB

Partido que teve forte desempenho nas eleições presidenciais de 2014, o PSB ainda não tem o seu rumo definido nas eleições maranhenses de 2018. Tudo vai depender da posição do senador Roberto Rocha, que pretende concorrer ao governo.

Além da corrente de Rocha, o PSB maranhense se divide em outras três; o grupo do deputado federal José Reinaldo Tavares, o grupo do prefeito de Timon, Luciano Leitoa, e o grupo do ex-prefeito de Santa Inês, Ribamar Alves, hoje representado pela deputada federal Luana Costa.

Assim como Rocha, José Reinaldo também pensa em deixar a legenda, o que levaria a uma batalha entre Alves e Leitoa pelo comando maranhense.

Alinhado politicamente ao governo Flávio Dino, o prefeito de Timon fecharia aliança natural com o PCdoB. Se o PSB tiver maior influência de Luana Costa, porém, o caminho pode ser outro.

Até hoje, Roberto Rocha nunca declarou claramente se deixará ou não o PSB. Seu futuro vai depender de uma articulação com o PSDB nacional, que o quer como candidato a governador.

E do futuro de Rocha depende, também, o futuro do próprio PSB.

Pedro Fernandes

desconversa sobre

aliança do PTB

com PCdoB

No Maranhão

O deputado federal Pedro Fernandes, presidente do PTB no Maranhão, descartou que a entrada do vereador Pedro Lucas Fernandes no governo Flávio Dino (PcdoB0 não significa adesão automática do seu partido á aliança comunista.

Fernandes justifica que a ida do filho vereador é resultado direto de sua independência, mas deixa claro que ainda vai conversar sobre uma aliança com o governador.

“Vamos conversar, vamos construir…”, afirmou o deputado federal, em entrevista ao blog do jornalista Diego Emir, na última sexta-feira, 24.

Pedro Lucas Fernandes vai ocupar a Gerência Metropolitana do governo do Estado, espécie de secretaria com articulação direta com 13 municípios.

A ascensão do vereador levou a especulações de que será ele – e não o pai Pedro Fernandes, que deixa claro seu cansaço coma ponte aárea São Luís /Brasília – o candidato a deputado federal em 2018.

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