Eleições 2018

Ex-aliados de Flávio Dino em 2014 devem seguir novos rumos em 2018

Lideranças como Roberto Rocha, Sebastião Madeira, Hilton Gonçalo, Eduardo Braide e Wellington do Curso forma hoje um grupo alternativo ao projeto do PCdoB

Marco Aurélio D''Eça - Editor de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h40
Aliados como roberto rcoah e Sebastião Madeira se afastam de Flávio Dino
Aliados como roberto rcoah e Sebastião Madeira se afastam de Flávio Dino (Ex-aliados)

MARANHÃO - Todos eles estavam com o governador Flávio Dino (PCdoB) em 2014. O socialista Roberto Rocha, por exemplo, foi eleito senador na própria chapa do comunista. Sebastião Madeira (PSDB) era prefeito de Imperatriz e declarou apoio oficial a Dino logo que o PMDB lançou o nome de Lobão Filho ao governo.

Além deles, o governador tinha o apoio do prefeito de Santa Rita, Hilton Gonçalo (PCdoB), do deputado Eduardo Braide (PMN) e do então candidato a deputado Wellington do Curso (PP).

Nenhuma dessas lideranças deverá estar com Flávio Dino nas eleições de 2018.

Prestes a assumir o comando do PSDB no estado – em substituição a Carlos Brandão - o agora ex-prefeito Sebastião Madeira já deixou claro que seguirá a orientação nacional da legenda, que veta a repetição da aliança com o PCdoB. “A orientação do PSDB é de não aliança com nenhum partido da chamada esquerda”, diz Madeira.

Não se descarta no ninho tucano nem mesmo uma aliança com Roberto Rocha, que deve ser um dos principais adversários de Dino na disputa pelo Governo do Estado. Rocha, inclusive, deixa claro que será candidato a governador em qualquer circunstância.

A orientação do PSDB é de não aliança com nenhum partido da chamada esquerda”Sebastião Madeira, ex-prefeito de Imperatriz

Fora do comunismo

Outro que já praticamente definiu o seu caminho para 2018 é o atual prefeito de Santa Rita, Hilton Gonçalo (PCdoB). Para isso, já tem uma decisão tomada: deixar o partido do governador nos próximos meses.

Gonçalo tentou se viabilizar numa disputa majoritária ainda em 2014, mas não conseguiu viabilização no seu então partido, o PDT. Em 2016, além de disputar a prefeitura de Santa Rita, atuou fortemente em São Luís, sobretudo no segundo turno, quando foi um dos capitães da campanha do deputado Eduardo Braide (PMN).

Braide é hoje, inclusive, um dos maiores entusiastas de uma candidatura majoritária de Hilton Gonçalo. E os dois podem, inclusive, entrar juntos no mesmo partido.

Completa o time dos ex-dinistas que se prepararam para o enfrentamento em 2018 o deputado estadual Wellington do Curso, que também disputou a Prefeitura de São Luís em 2016.

“Estou pronto para aceitar os desafios que o PP tiver. Posso concorrer a qualquer cargo. Não tenho apego a mandatos e poderei entrar numa disputa”, frisa Wellington, que não descarta nem mesmo a disputa pelo Governo do Estado.

Essa nova oposição a Flávio Dino forma uma espécie de terceira via, seguindo em faixa própria numa disputa que já tem também o chamado grupo Sarney, que aposta suas fichas numa candidatura da ex-governadora Roseana Sarney.

Deputado ganha apoios no PT

e manda recado a Flávio Dino

Zé Inácio se fortalece para presidir o partido e diz que os petistas querem ser protagonistas em 2018

O deputado Zé Inácio (PT) recebeu esta semana o apoio de duas outras chapas montadas para a eleição no Partido dos Trabalhadores e consolidou-se como a principal opção para presidir a legenda no Maranhão.

E nas conversas, ou em entrevistas, o parlamentar tem mandado recados diretos ao governador Flávio Dino (PCdoB)

“O PT quer ser protagonista nas próximas eleições e não ficar atrelado e submisso a nenhum governo”, afirmou o parlamentar, em entrevista a uma emissora de rádio, há duas semanas.

Na manhã de segunda-feira, 20, com membros das chapas “Construindo um Novo Brasil” (CNB) e “A Força Que Vem da Base”. A reunião teve como objetivo firmar o apoio das chapas a candidatura do deputado a presidente do PT estadual.

A chapa “A Força Que Vem da Base” pretendia lançar um candidato a presidente, mas tendo em vista a unidade do partido e a força do deputado Zé Inácio, revolveram abrir mão da candidatura para apoiá-lo.

Enfrentamento

Embora reconhecendo que o PCdoB precisa buscar outros aliados para formar a coligação – já que o PT ocupa secretarias no governo – Inácio garante que as coisas não são simples assim para fechar o apoio.

“Vamos para o enfrentamento até com o PCdoB nas próximas eleições. Flávio Dino já tem o PT com aliado e não tem que dizer mais nada pro PT e o importante pra ele é buscar apoio de outros partidos. Mas as coisas não são bem assim, não”, afirmou.

MAIS

A postura independente de Zé Inácio em relação ao governo Flávio Dino tem levado comunistas de todos os escalões a tentar ajudar o atual vice-presidente da legenda, Augusto Lobato, que tem postura mais atrelada ao Palácio dos Leões. Em jogo, para Flávio Dino, está o tempo do PT na propaganda eleitoral. Que é o maior dentre todos os partidos.

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