Escoamento/soja

Deputado pede retomada de estudos pela Hidrovia do Parnaíba

Pedro Fernandes formalizou pedido ao Ministério dos Transportes e defendeu utilização de trecho para o escoamento da produção se soja

Ronaldo Rocha da editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h40

BRASÍLIA - O líder do PTB em exercício na Câmara Federal, deputado Pedro Fernandes, solicitou ao Ministério dos Transportes a retomada dos estudos para a implantação da hidrovia fluvial no Maranhão e no Piauí.

De acordo com o parlamentar, o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) e os projetos básico e executivo da hidrovia, já haviam sido elaborados pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), mas não houve avanço.

“Existe um trecho muito bom, de mais de 600 quilômetros, pelo qual podemos transportar toda a nossa safra de soja. Essa hidrovia não apenas vai melhorar o transporte de cargas, mas também revitalizar o rio, principalmente agora que está chovendo bastante no Maranhão e no Piauí e as águas desse rio estão num nível muito bom para a navegação. Isso vai baratear bastante o preço da soja”, enfatizou.

Para o deputado, a Hidrovia do Parnaíba possibilitará o escoamento de commodites [mercadorias] para outras regiões brasileiras e a exportação para diversos países, utilizando a interconexão com as rodovias e ferrovias e com os terminais portuários do Itaqui (MA), Pecém (CE) e o futuro Porto de Luís Correa (PI).

“A situação geoestratégica do Rio Parnaíba, numa perspectiva do transporte de soja para o Hemisfério Norte e China, faz com que seja a via mais curta para transformar a soja brasileira em uma das mais competitivas do mundo”, completou.

Estudo – O estudo para a implantação da Hidrovia do Parnaíba foi iniciado pelo Dnit em 2012 e custou R$ 5.810.342,47 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2. O Consórcio Hidrotopo-Dzta e a Codomar, Companhia Docas do Maranhão, foi que assinou o contrato, por meio da Administraçaõ das Hidrovias do Nordeste (Ahinor), subordinada ao Dnit.

O estudo foi elaborado por profissionais de engenharia civil, ambiental e de produção, oceanografia, economia, biologia e relações internacionais.

Dados diretos da via [bancos de areia, pedras, sinuosidades, margens degradadas, amostras geológicas do leito, dados ambientais, estrutura portuárias existentes e outros] e os dados de influência [PIB dos municípios adjacentes, produção do entorno, fluxo de cargas com definição da matriz origem/destino], foram alguns dos aspectos levantados.

Todos estes dados, de acordo com Pedro Fernandes, indicam a viabilidade da instalação da hidrovia, o que pode impulsionar a economia e o desenvolvimento no Maranhão.

Saiba Mais

O Rio Parnaíba foi utilizado para a navegação até o ano de 1968, quando a construção da Usina de Boa Esperança, acabou inviabilizando este tipo de atividade. Depois disso, o rio passou a ser utilizado apenas por populações ribeirinhas, assim como o Balsas.

*Com informações do PTB

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