SÃO LUÍS - O Maranhão é um dos nove estados do Brasil que reduziu o percentual de investimentos na área da Saúde. Dados elencados pela Revista Valor Econômico mostram que o governo de Flávio Dino (PCdoB) diminuiu em quase 1% o investimento na Saúde em comparação ao último ano do governo anterior.
De acordo com reportagem publicada na Revista Valor Econômico, os dados levaram em conta as despesas orçamentárias empenhadas para a função saúde informadas no anexo nos relatórios de execução orçamentária de 2014 e 2016.
Pelo levantamento, o Maranhão em 2014, investiu 13,9% do orçamento na área da Saúde. Já em 2016, os investimentos na Saúde foram reduzidos para 13%.
Além do governo maranhense, também reduziram o orçamento na Saúde Piauí, Tocantins, Bahia, Paraná, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Santa Catarina e Alagoas. E entre esses estados, reduziram menos que o Maranhão sete estados: Paraná que reduziu 0,8%, Santa Catarina, que investiu menos 0,1%, Rio Grande do Sul (0,1%), Bahia (0,7%), Pernambuco (0,4%), Piauí (0,6),
Somente o estado do Tocantins reduziu mais o orçamento destinado para saúde que o Maranhão. Por lá, em 2014, o governo destinou 18% do orçamento em 2014 e em 2016, foi reduzido para 15,7%.
O Maranhão foi na contramão da maioria dos estados brasileiros. Em 16 estados – incluindo o Distrito Federal – aumentaram mais os investimentos na área do que cresceu as despesas líquidas dos governos.
Em média, o total investido na Saúde no Brasil cresceu 14,2% enquanto a receita corrente líquida subiu 12%. Com a expansão das despesas, os Estados gastaram R$ 10,9 bilhões a mais com a área de saúde de 2014 para o ano passado.
Mais
O Estado entrou em contato com a Secretaria de Estado de Comunicação e Articulação Política (Secap) solicitando informações sobre a redução dos investimentos na área de Saúde em 2016 se comparado a 2014, no entanto, nenhuma resposta foi dado até o fechamento desta edição.
Orçamento atual da saúde foi aumentado
Para o orçamento de 2017 aprovado pela Assembleia Legislativa, os investimentos na Saúde cresceram. Pelas previsões, em 2017 o orçamento é mais de 4% em comparação ao ano anterior.
Apesar do aumento, a oposição na Assembleia criticou os investimentos previstos na Saúde com a alegação de o que foi destinado não é suficiente para manter a estrutura atual destinando um serviço satisfatório para a população.
Entre os deputados que criticaram, a mais específica foi a deputada Andrea Murad (PMDB), que revelou na época que os próprios representantes da Secretaria de Estado da Saúde, na apresentação do relatório do quadrimestre na Assembleia Legislativa em novembro do ano passado, disseram que o valor previsto no orçamento não cobrirá as despesas da Rede Estadual da Saúde.
“Os técnicos da Secretaria já disseram que o Orçamento de 2017 não cobrirá as despesas com a rede estadual de Saúde”, disse na época Andrea Murad.
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