Risco Aviário

Diminui número de incidentes com aves e aeronaves em SL

Dados mostram que houve uma redução de 22% na quantidade de incidentes dessa natureza

Atualizada em 11/10/2022 às 12h41
Lixo ainda pode ser encontrado no entorno dos muros do aeroporto
Lixo ainda pode ser encontrado no entorno dos muros do aeroporto (Aeroporto)

SÃO LUÍS - Houve uma redução de 22% na quantidade de incidentes envolvendo aves e aeronaves no Aeroporto Internacional Marechal Cunha Machado, em São Luís, ao fazer-se uma comparação entre os anos de 2015 e 2016. Este ano, ainda não foi registrado qualquer tipo de ocorrência dessa natureza.

Os dados são do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). De acordo com as estatísticas, no ano de 2015 foram registrados 33 incidentes, enquanto no ano de 2016 esse quantitativo diminuiu para 26, uma queda de 22%.

No ano de 2015, dos 33 registros, 24 foram classificados como colisões e nove como avistamentos. Em 2016, dos 26 acidentes, 18 foram colisões; seis, avistamentos, e dois casos foram classificados como quase colisões.

Lixo
Esses incidentes são causados pela presença de aves que ficam sobrevoando o espaço aéreo do aeroporto, representando um risco para a aviação. Muitas, como os urubus, são atraídas pela presença de lixo nas proximidades.

Como o Aterro da Ribeira, que ficava localizado cerca de 6 km do aeroporto de São Luís, foi desativado, houve redução na quantidade de registros dessa natureza, uma vez que as aves não são mais atraídas pelos dejetos na região.

Contudo, mesmo com a desativação, o problema continua. Isso porque nos arredores do terminal ainda é comum observar o acúmulo de lixo. A área do aeroporto é de 6.022.000 m² e ontem, na Rua do Arame, no Jardim São Cristóvão, havia diversos pontos de acúmulo de lixo ao lado do muro do aeroporto. Em outros locais, o mesmo muro estava quebrado, e os dejetos estavam dentro da área do terminal .

Por meio de nota, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) informou que executa uma série de medidas dentro da área do aeroporto como limpeza das áreas verdes e retirada de resíduos que possam ser atrativo de pássaros, o que ajuda a reduzir a presença desses animais na área de movimentação de aeronaves.

Informou também que conta com a colaboração do poder público municipal e estadual para que as áreas públicas vizinhas ao aeroporto recebam o tratamento adequado, evitando, por exemplo, que o acúmulo de lixo sirva de atração para animais e pássaros na região do aeroporto.

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema) esclareceu que cumpriu a decisão judicial referente à realização de fiscalização dos empreendimentos situados ao redor da área de segurança aeroportuária, que tenham aptidão para atração de aves. A medida teve como objetivo evitar o lançamento de resíduos e efluentes, em desconformidade com parâmetros ambientais, inclusive exigindo providências para sanar as irregularidades já encontradas.

Já o Comitê de Limpeza Urbana, da Prefeitura de São Luís, informou que está adotando as medidas necessárias para cumprir o acordo firmado com o Ministério Público Federal no Maranhão (MPF/MA). O comitê ressaltou que a coleta de resíduos domiciliares no bairro Tirirical acontece de forma regular, às terças, quintas e sábados, no período diurno. O comitê esclareceu ainda que realiza periodicamente a coleta mecanizada destes resíduos, frutos de descarte irregular, nas comunidades do entorno.

SAIBA MAIS

No ano de 2013, o MPF/MA propôs ação civil pública, com pedido de liminar, contra o Município de São Luís, buscando reduzir o risco de acidentes aéreos ocasionados por colisão entre aviões e aves que circulam nos arredores do aeroporto. O pedido foi aceito pela Justiça Federal, obrigando o Município de São Luís, o Estado do Maranhão e a Infraero a adotarem medidas para remoção de lixo, recuperação e manutenção das áreas vizinhas ao Aeroporto Marechal Cunha Machado.

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