Crise

Correios terão número de agências reduzido em todo o país

Empresa Brasileira dos Correios e Telégrafos enfrenta crise que já dura quatro anos, resultando em prejuízo de R$ 2 bilhões em 2016

Estadão Conteúdos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h41
Agência dos Correios em São José de Ribamar
Agência dos Correios em São José de Ribamar (correios)

A Empresa Brasileira dos Correios e Telégrafos (ECT) deve reduzir o número de agências próprias em todo o país, por conta dos quatro anos de prejuízos acumulados. Atualmente, existem 6.511 agências em todo o país. A fusão de agências faz parte de um plano de economia que está sendo implementado pela direção para tentar reverter a crise.

O número ainda não está fechado, mas a estatal - que registrou em 2016 prejuízo em torno de R$ 2 bilhões, patamar semelhante ao de 2015 - vai fundir agências consideradas "superpostas", ou seja, muito próximas. "O processo está sendo feito em consonância com o Ministério das Comunicações, porque sabemos as reverberações que a medida vai trazer", disse o presidente dos Correios, Guilherme Campos. Segundo ele, a estatal trabalha contra o tempo para colocar em prática o processo de "otimização e racionalização" dos serviços.

A estratégia da empresa será ampliar a rede de agências franqueadas, pouco mais de mil hoje. Com o fechamento de agências próprias, os Correios economizam nos custos de manutenção ou aluguel dos imóveis e no enxugamento do quadro de funcionários. As agências franqueadas são selecionadas por meio de uma oferta pública e remuneradas com um porcentual das receitas dos serviços. Atualmente, oferecem quase todos os serviços postais das agências próprias, mas não atuam como correspondentes bancários. Há negociações para que os franqueados possam também oferecer serviços financeiros por meio do Banco Postal.

Os outros dois pontos do plano de economia são o plano de demissão voluntária (PDV) oferecido aos funcionários e a revisão da política de universalização dos serviços postais, que obriga a estatal a estar presente em todos os municípios. Segundo o presidente dos Correios, o PDV já tem adesão de 2 mil pessoas nesses primeiros 15 dias - a estatal espera a adesão de 8,2 mil empregados e prevê economia anual entre R$ 700 milhões e R$ 1 bilhão. O prazo termina no dia 17. O fechamento das agências está em consonância, segundo Campos, com o enxugamento do número de funcionários.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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