RIO DE JANEIRO
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Na presidência da Confederação Brasileira de Handebol há 27 anos, Manoel Oliveira foi reeleito para o cargo ontem, em reeleição realizada em Aracaju. Por 98 a 36, o atual mandatário foi escolhido para seguir no cargo. A situação, porém, não é tão simples. Com uma série de denúncias contra Oliveira, o resultado da eleição não foi homologado pelo Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) do handebol. Antes da assembleia, a oposição, encabeçada por Fabiano Lima Cavalcante, tentou indeferir a eleição.
Manoel Oliveira tomará posse normalmente, mas a decisão não será homologada por ordem do STJD do Handebol até que sejam julgadas por painel arbitral as denúncias contra a atual administração. Este painel tem um membro indicado por cada uma das partes, oposição e situação, e outro pelo presidente do STJD, Caio Medauar, que assinou a decisão de não homologar o pleito desta quarta.
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“Esse jogo não se ganha no tapetão, se ganha no jogo, na quadra, na disputa. Foram 98 votos a 36, o resultado mostra. Não creio que o STJD tenha competência para julgar esse indeferimento. Não conheço esse processo e obviamente não tem nenhum sentido, não tem nenhum cabimento. É choro de perdedor!", afirmou Manoel, em entrevista à TV Globo.
Polêmicas em eleição
Caio Medauar, do STJD, afirma que a decisão só será homologada após o julgamento. Até lá, porém, os membros da chapa eleita vão exercer normalmente a função, permanecendo responsáveis por assinar patrocínios, realizar contratações e demissões, além de representar o país em assembleias da Federação Internacional. Caso Manoel seja declarado inapto, uma nova eleição será convocada.
“O estatuto da Confederação Brasileira de Handebol entende que qualquer questão interna deve ser analisada pelo STJD. Você não homologa enquanto não for julgada. Quando esse painel arbitral for montado, vai tomar essa decisão e vai julgar. O resultado vai valer, até para não ficar sem dirigente, mas fica sub judice. Tudo vai ser avaliado. O próprio estatuto da Confederação determina que o órgão responsável pela arbitragem dessas questões é STJD”, disse Caio Medauar.
Não há, porém, uma data marcada para que isso aconteça. O processo poderá durar meses, dependendo das dificuldades do STJD em montar o painel.
“É uma questão de meses. Tem o cumprimento burocrático, verificação da documentação, os documentos da eleição, abrir para as partes, para a defesa. É um processo. É mais rápido que o judiciário, mas leva um tempo.Se tudo der certo, pode sair em um ou dois meses, mas... Até porque as denúncias são chatas. Precisam ser analisadas com cuidado.
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Duas chapas
Manoel Luiz Oliveira encabeçava a chapa Hand Brasil - Novos Desafios. Segundo a assessoria, a chapa tem como meta "atingir um nível de amplo crescimento interno que proporcione uma transição eficiente e eficaz entre a gestão atual e as próximas gestões".
Do outro lado, na oposição, a chapa Participa Handebol, que tem como presidente Fabiano Lima Cavalcante e os vices Cláudio Humberto Dias e Iara Silvares dos Santos Manente. Eles deixaram claro que não pretendem fazer oposição radical e entre as principais propostas estão a melhoria das categorias de base, a capacitação dos técnicos, a criação de acampamentos regionais, ranqueamento de atletas para Liga Nacional, semelhante ao vôlei.
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