Flávio Dino incha a folha do Estado e deve usar imposto para pagar salário
Membros do PCdoB e de outras legendas derrotadas nas eleições de outubro foram nomeados, em massa, na mesma semana em que Assembleia aprovou reajuste do ICMS
Após submeter a população maranhense a um reajuste de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), da ordem média de 50%, atingindo energia, combustíveis e vários tipos de serviços e produtos – que segundo a bancada de oposição na Assembleia Legislativa vai servir apenas para bancar o inchaço da folha do governo, abarrotada de membros do PCdoB – o governador Flávio Dino continuou a nomear aliados, descontroladamente, para cargos no governo.
Só na última semana quatro derrotados nas urnas de outubro – três deles do próprio PCdoB de Flávio Dino – foram nomeados auxiliares do bi-secretário Márcio Jerry, lugar-tenente do governador e presidente estadual comunista, que acumula as pastas da Articulação Política e da Comunicação.
Não há na previsão orçamentária do governo maranhense para 2017 nenhum indicativo do que será usado com os quase R$ 900 milhões que serão arrecadados com aumento de impostos. Apenas com ICMS a previsão é de aumento de R$ 250 milhões na arrecadação.
No total, entre recursos de impostos, empréstimos e dinheiro da repatriação do Governo Federal, Flávio Dino entra 2017 com um caixa extra da ordem de R$ 4.540 bilhões. Mas nenhum projeto de investimento foi incluído no orçamento para uso destes recursos.
A falta de explicação para o uso do dinheiro – combinada com declarações dos próprios governistas na Assembleia legislativa – levaram a bancada de oposição a deduzir que o dinheiro do aumento do imposto servirá apenas para Flávio Dino bancar a sua máquina administrativa, repleta de comunistas.
Na proposta de orçamento que ele [Flávio Dino] enviou em setembro, não consta qualquer citação a esse projeto. Ou seja, falta de planejamento, tudo enviado às coxas”Andrea Murad, deputada estadual
A deputada Andrea Murad, por exemplo, não tem dúvidas de que o dinheiro será usado para despesas do governo e não para investimentos no Maranhão.
“Ainda não ouvi ninguém falar os motivos pelos quais o Flávio Dino está trazendo esse aumento, que é exclusivamente para bancar despesas de custeio, entre elas pagamento de folha. Ou seja, investimento zero e a população é que vai está pagando a conta no final. Isso é um ato desprezível com os maranhenses, trazer a esta Casa essa vergonha. Um projeto que vai afetar diretamente a população, os mais carentes, é lamentável e inadmissível por parte de quem deveria era cuidar das pessoas”, questionou a deputada, durante a votação do projeto de aumento do ICMS.
O líder da bancada governista na Casa, deputado Rogério Cafeteira (PSB0, deu outra versão para o uso do dinheiro, igualmente estranha.
“De 2015 a 2016, apenas do BNDES, pagamos aproximadamente R$ 400 milhões do empréstimo.Para que a gente continue com um bom crédito, nós temos que ser bons pagadores. O remédio não é gostoso, mas mesmo amargo precisa ser aplicado. Tenho certeza que é melhor do que adoecer e depois ir para uma UTI”, argumentou.
Cafeteira referia-se aos R$ 2 bilhões do BNDES, conseguidos pelo Maranhão ainda no governo anterior, e que Flávio Dino não usou nem a metade. Mesmo assim, o governador já captou outros R$ 1 bilhão em mais três empréstimos este ano. Mesmo assim, nenhum investimento de vulto foi feito desde o início comunista.
Dinheiro em caixa
Empréstimo do BNDES: 2 bilhões
Outros três empréstimos conseguidos por Flávio Dino: R$ 1 bilhão
Dinheiro da repatriação: R$ 360 milhões
Dinheiro da multa de Repatriação: R$ 280 milhões
Dinheiro previsto com aumento de imposto: R$ 900 milhões
Total previsto nos cofres do governo em 2017: R$ 4,54 bilhões
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