Manifesto

Passeata relembra o Caso Mariana e pede fim à violência contra a mulher

Manifesto na Av. Litorânea reuniu parentes, amigos e simpatizantes da causa, que pediram justiça para o assassino da publicitária e um basta a atos de violência contra a mulher

Atualizada em 11/10/2022 às 12h42
Parentes e amigos de Mariana Costa realizaram passeata na Litorânea
Parentes e amigos de Mariana Costa realizaram passeata na Litorânea (Caso Mariana)

Centenas de pessoas se reuniram na tarde do último sábado, dia 17, na Praça do Pescador, na Avenida Litorânea, em São Luís, para uma passeata em memória de Mariana Costa, publicitária morta pelo cunhado em um crime brutal, que teve repercussão nacional. Segundo a irmã de Mariana, Juliana, a intenção também era bradar contra a violência à mulher, como um todo. “Nosso objetivo é nos unir numa só voz contra essa violência à mulher e trazer uma mensagem de paz, porque só quem vive o que nós estamos vivendo sabe o que é essa dor”, afirmou.

Participaram da caminhada familiares, amigos e membros da igreja que Mariana frequentava. Durante todo o percurso, eles cantaram, e vários discursos foram proferidos. As pessoas também lembravam da jovem morta, e de como ela era uma boa amiga, irmã, filha e neta. “Ela era companheira, amiga, alegre, sempre preocupada conosco”, contou a amiga Ecila Oliveira.

Em 13 de novembro, Mariana de Araújo Costa foi encontrada desacordada em seu apartamento, no bairro do Turu. Lucas Leite Ribeiro Porto, cunhado da vítima, foi conduzido pela polícia ao Centro de Triagem de Pedrinhas no dia seguinte, após imagens das câmeras do circuito de TV do condomínio o mostrarem correndo por escadas do local. Segundo investigações, ele teria matado a cunhada sufocada com um travesseiro.

Na sexta-feira, dia 17, a polícia divulgou o resultado do última laudo e confirmou que antes do assassinato, foi consumado o ato de estupro com conjunção carnal. A princípio, Porto assumiu a autoria do crime, mas negava que tivesse estuprado a publicitária.

Pena

O promotor de Justiça, Gilberto Câmara França Júnior, da 28ª Promotoria de Justiça Criminal de São Luís, protocolou, no mês passado, denúncia contra Lucas Porto, pelos crimes de estupro e homicídio qualificado contra Mariana. Porto pode pegar até 60 anos de prisão.

Já que, no caso de homicídio simples, a pena vai de seis a 20 anos de reclusão - quando há qualificadoras, a pena sobe para até 30 anos. Já para estupro, a pena é de seis a 10 anos de reclusão, mas, se caso resulte em morte da vítima, pode ampliada para até 30 anos.

A denúncia de homicídio teve quatro qualificadoras: morte por asfixia, causada por recurso que dificultou ou impossibilitou a defesa da vítima, praticado para ocultar outro crime (estupro) e feminicídio. O documento está sob análise do juiz da 4ª Vara do Júri.

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