Saúde

Fimose em bebês: é comum, mas é preciso cuidar, diz especialista

Todo menino nasce com fimose e risco de infecções aumenta à medida que a criança cresce

Atualizada em 11/10/2022 às 12h43
Pais devem ficar atentos
Pais devem ficar atentos (bebê microcefalia)

Quase todos os pais e mães de menino, em algum momento, já tiveram a mesma dúvida: a pele que recobre o pênis do bebê é normal? A resposta é sim. Essa é a pele do prepúcio, que recobre a cabeça do pênis e todos os bebês do sexo masculino nascem com essa fimose, chamada de fisiológica, como explica o pediatra Derli Gouvêa, do Hapvida Saúde: “Esta fimose não deve preocupar os pais, a não ser que dificulte o ato de urinar, pois pode levar a uma infecção”, ressalta o médico. Mas o especialista também alerta: “Assaduras podem levar a infecções da pele que recobre o pênis e gerar cicatrizes, que retraem a pele e fazem com que o orifício do prepúcio fique mais estreito, gerando ou agravando uma fimose”, destaca.

A fimose não é caracterizada pela pele que recobre a glande do pênis, mas sim pela existência de uma espécie de anel de fibrose que aperta a extremidade e impossibilita a pele de ser retraída para higiene do membro. O pediatra também explica que, até os 3 anos de idade, cerca de 90% dos meninos já conseguem expor sozinhos a glande e retrair o prepúcio.

Massagens

Nos consultórios, os pais e mães são orientados a fazer pequenas massagens no pênis do bebê, em especial, durante o banho, para estimular a pele a se descolar do membro. O pediatra Derli Gouvêa, porém, lembra que essas massagens só têm efeito nos casos em que apenas a pele está colada, sem o anel que caracteriza a fimose. “Se as massagens forem feitas de forma muito vigorosa, ou irregularmente, podem ferir a pele, levando a uma cicatrização que pode agravar ainda mais a fimose”, destaca.

Infecções e cirurgia

Quando, mesmo passados os anos iniciais da infância, a pele não se retrai, ou seja, a fimose fisiológica não some, há o risco de várias infecções. O especialista aponta que as mais conhecidas são as infecções urinárias repetidas; as infecções frequentes da pele do prepúcio, conhecidas como balanopostites; as parafimoses, quando a glande é exteriorizada e não consegue voltar mais à posição normal, o que causa inchaço, muita dor e o ato de urinar se torna doloroso pelo estreitamento do prepúcio.

Para todos esses casos, a cirurgia é indicada, pois, segundo o pediatra, o procedimento permite, entre outros benefícios, a higiene adequada do pênis, um futuro relacionamento sexual prazeroso e sem dor, a redução do risco de doenças venéreas e de câncer de pênis.

O pós-cirúrgico, normalmente, é considerado tranquilo, mas necessita de repouso relativo por cerca de 10 dias, além do cumprimento de todas as indicações dadas pelo cirurgião. É também comum que os meninos sintam desconforto após a cirurgia, devido à maior exposição da ponta do pênis, que fica sem a pele e, por isso, mais sensível, o que desaparece com o tempo. “Após a queda dos pontos e o desaparecimento do inchaço, o menino pode voltar às atividades de costume, devendo evitar, até se sentir totalmente recuperado, andar de bicicleta, cavalgar e praticar outras atividades que possam causar contusões na área operada”, orienta o pediatra.

Após a infância

Apesar da cirurgia proporcionar a cura da fimose, há casos em que ela pode reaparecer, ou até mesmo, surgir pela primeira vez na adolescência e na fase adulta. Porém, fimose nessas fases está relacionada aos hábitos de vida e a algumas doenças pré-existentes, como o diabetes e as repetidas infecções, causadas por uma higiene deficiente, em geral.

De acordo com o especialista, essas doenças levam ao estreitamento gradual do prepúcio e isso favorece o quadro de fimose. Por isso, mesmo quem já operou antes, deve ficar atento à higiene correta do pênis, o que evita muitos outros problemas de saúde.

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