Manifestações

Manifestantes saem ás ruas em 200 cidades em, favor da lava Jato e contra os políticos

Aprovação da emenda do deputado federal maranhense Weverton Rocha às 10 Medidas anticorrupção foi criticada por membros de movimentos de direita e de esquerda

Atualizada em 11/10/2022 às 12h43
Grupo de manifestantes fizeram protesto em frente à Assembleia Legislativa do Maranhão, no Cohafuma
Grupo de manifestantes fizeram protesto em frente à Assembleia Legislativa do Maranhão, no Cohafuma (Manifestações em São Luís ocorrem em frente à Assembleia)

BRASÍLIA -Com a segurança reforçada, milhares de pessoas vestidas de verde e amarelo e com bandeiras do Brasil se reuniram, ontem, em cerca de 200 cidades, entre elas Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. O protesto foi em defesa da Operação Lava Jato e contra o pacote de medidas anticorrupção aprovado com modificações pela Câmara dos Deputados na madrugada do dia 30 de novembro.

Segundo a Polícia Militar do Distrito Federal, na Esplanada dos Ministérios entre 4 e 5 mil pessoas participaram pacificamente do protesto. Para os organizadores, eram 30 mil manifestantes. Os eventos ocorreram também em pelo menos 200 cidades do país em horários diferentes. Entre os movimentos que convocaram os protestos, estão o Vem pra Rua e o Avança Brasil. Em conjunto, as forças de segurança pública e os líderes dos movimentos estimaram a presença de 15 mil a 20 mil pessoas na Capital Federal.

Em Brasília, as manifestações foam permitidas apenas no gramado da Esplanada dos Ministérios, a partir da Catedral de Brasília até a Avenida das Bandeiras, mas alguns manifestantes conseguiram chegar próximo ao espelho d'água do Congresso Nacional, onde espalharam desenhos de ratos, simbolizando, segundo eles, os políticos.

Desde as primeiras horas da manhã de ontem, foi restringido o acesso à área da Praça dos Três Poderes, onde fica o Palácio do Planalto, o Congresso e o Supremo Tribunal Federal, além dos ministérios da Justiça e das Relações Exteriores. O trânsito foi interrompido a partir da Rodoviária. O efetivo de policiais militares é de 1,5 mil homens, conforme informou antes das manifestações o Governo do Distrito Federal (GDF.

Em São Paulo, a polícia estimou 15 mi manifestantes, mas os organizadores falaram em 200 mil, sobretudo o grupo Movimento Brasil Livre, que critica a esquerda brasileira e prega o apoio às instituições judiciais.

Governo

Em nota, o Palácio do Planalto disse que os protestos contra a corrupção em várias cidades do país "fortalecem as instituições" e afirmou que os Poderes devem estar "atentos" às reivindicações da população.

A nota destaca que as manifestações ocorrem de forma "pacífica e ordeira", e demonstram a "força e a vitalidade" da democracia.

"O comportamento exemplar demonstra o respeito cívico que fortalece ainda mais nossas instituições. É preciso que os Poderes da República estejam sempre atentos às reivindicações da população brasileira", diz trecho do documento.

Em alguns locais manifestantes seguravam faixas em defesa da operação Lava Jato e do juiz Sérgio Moro.

Os participantes do protesto também erguiam cartazes contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Mais

Em São Luís os manifestantes se concentraram em frente à Assembleia Legislativa. No final da tarde de ontem, grupos com cartazes e frases em cartolina se concentraram no portão principal do poder legislativo. Era possível ver dizeres contra o presidente da Câmara Federal Rodrigo Maia (DEM-RJ). A maior parte dos manifestantes usou roupas nas cores azul e amarelo. Nem os líderes do movimento e nem a Polícia Militar estimaram o número de participantes no evento.

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