Misericórdia

Papa autoriza de forma definitiva que padres possam perdoar aborto

Medida temporária tinha sido instituída para o Jubileu da Misericórdia; carta apostólica foi divulgada ontem

Atualizada em 11/10/2022 às 12h43
Papa Francisco fecha a porta santa
Papa Francisco fecha a porta santa (Papa Francisco fecha a porta santa, o que simboliza o encerramento do ano da Misericórdia, na Basílica de São Pedro, no Vaticano)

Vaticano - O papa Francisco anunciou ontem que todos os padres poderão absolver de forma indefinida o "pecado do aborto". Dessa forma, ele torna permanente uma medida temporária que foi instituída para o Jubileu da Misericórdia, que terminou no domingo,20.

"Para que nenhum obstáculo se interponha entre o pedido de reconciliação e o perdão de Deus, de agora em diante concedo a todos os sacerdotes, em razão de seu ministério, a faculdade de absolver a quem tenha procurado o pecado do aborto", escreveu o papa em uma carta apostólica.

"Quando concedi de modo limitado, para o período jubilar, o estendo agora no tempo", acrescentou.

"Quero enfatizar com todas as minhas forças que o aborto é um pecado grave, porque põe fim a uma vida humana inocente. Com a mesma força, no entanto, posso e devo afirmar que não existe nenhum pecado que a misericórdia de Deus não possa alcançar e destruir, ali onde se encontra um coração arrependido", disse ainda.

Ano da Misericórdia

Ao lançar o Ano Santo da Misericórdia, ao lado do papa emérito Bento XVI, o papa abriu a Porta Santa em 8 de dezembro de 2015.

O Ano Santo da Misericórdia celebrou o aniversário de 50 anos do final do Concílio del Vaticano II, que abriu a Igreja à modernidade.

Para o papa, a misericórdia é sinônimo desta abertura, única solução para este reformista que tenta convencer os fiéis que deram as costas à Igreja a retornar ao catolicismo.

Alguns círculos católicos conservadores lamentam, no entanto, que o discurso de Francisco se concentre tanto na justiça social e paz no mundo, ao invés de promover os valores tradicionais da Igreja.

Quatro cardeais desafiaram o papa esta semana sobre um de seus textos fundamentais, que indica uma tímida abertura aos casais divorciados que voltam a se casar no civil.

"Os que buscam fomentar a divisão com uma ideia ruim não impedem o sonho. Alguns rigorismos nascem de uma falta, de uma vontade de esconder por trás de uma couraça sua própria triste insatisfação", reagiu Francisco em uma entrevista publicada na sexta-feira,18, pelo jornal católico Avvenire.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais X, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.

Em conformidade com a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais) - Lei nº 13.709/2018, esta é nossa Política de Cookies, com informações detalhadas dos cookies existentes em nosso site, para que você tenha pleno conhecimento de nossa transparência, comprometimento com o correto tratamento e a privacidade dos dados. Conheça nossa Política de Cookies e Política de Privacidade.