Cinema

Cineasta brasileiro produz primeiro longa de realidade virtual em 3D

Daniel Bydlowski produz “Nano Éden”, a ser lançado no segundo semestre de 2017; filme deve ter cerca de 65 minutos e trata da polêmica em torno da Criogenia, o que move a história futurista do casal Harriet e Peter

Atualizada em 11/10/2022 às 12h44
Daniel Bydlowski produzirá longa em 3D em  Los Angeles, nos EUA
Daniel Bydlowski produzirá longa em 3D em Los Angeles, nos EUA (Daniel Bydlowski h)

O brasileiro Daniel Bydlowski, doutorando na University of California, em Santa Barbara, nos Estados Unidos, anunciou que irá produzir em Los Angeles o primeiro filme de ficção do Brasil e do mundo em realidade virtual em 3D, chamado “Nano Éden”. O longa terá aproximadamente 65 minutos. Segundo Bydlowski, membro do Directors Guild of America, a maioria dos projetos de realidade virtual foca no que se chama de "experiência virtual", mas poucos usam realidade virtual para contar histórias com personagens como no cinema tradicional.

O filme, que será lançado no segundo semestre de 2017, é realizado em parceria com a Synaptic VFX, que fez os efeitos especiais de vários filmes importantes, entre alguns deles estão “Truque de Mestre 2”, “Homem de Ferro”, “Hancock” e “Alice no País das Maravilhas”. “A realidade virtual está cada vez mais fazendo sucesso aqui em Los Angeles, está até em Sundance, o festival mais famoso e, claro, em Cannes também. Muitos acham que pode ser o futuro do cinema e do videogame, mas o desafio maior dos produtores é achar a linguagem deste formato”, explica Bydlowski.

O cineasta ainda detalha que atualmente os projetos de realidade virtual utilizam várias câmeras capturando 360 graus. Na opinião dele, isso é uma alternativa válida como "experiência" para documentários que queiram filmar de modo passivo tudo que está ao redor. Por outro lado, este tipo de produção, não só deixa o projeto mais caro porque precisa de muitas câmeras e memória, mas também faz o espectador perder o foco. “Neste projeto, vamos fazer diferente. Iremos utilizar somente uma ou duas câmeras para capturar cada trecho dos 360 graus separadamente e com mais controle. Animação e efeitos especiais serão usados para fazer o ‘stitching’ de uma câmera para outra. Acho que é um modo muito mais vantajoso para diretores que gostam de ter mais controle sobre sua história”, revela o cineasta.

Desta maneira, depois que esta produção estiver completa, o cineasta poderá gravar partes do mundo virtual e transformá-lo em um filme tradicional em tela de cinema 2D ou ainda 3D de maneira eficaz, especialmente em uma indústria que tenta cada vez mais utilizar todos os veículos possíveis para distribuição de filmes.

Filme

Na ficção do cineasta Daniel Bydlowski, a história é baseada na vida de duas pessoas, marido e mulher, Harriet e Peter, que assinam um contrato quando estão para morrer para terem seus cérebros codificados e serem baixados num computador, lugar em que serão felizes para sempre.

O problema é que, para serem realmente felizes, os cientistas apagam várias memórias deste casal, inclusive a de que estão mortos. Todas as memórias que não são felizes são apagadas. No filme, os dois vão passar por vários desafios até descobrirem que estão mortos e acharem uma saída. O elenco terá atores como Scott Allen Rinker, conhecido por seu trabalho na série Star Trek Enterprise, e Jerome Charvet, que já trabalhou ao lado de Gerárd Depardieu e Jean Reno.

A direção de fotografia e efeitos especiais ficarão nas mãos do talentoso Shant Jordan, responsável pelos efeitos visuais do filme “O Dia Depois de Amanhã”. A expectativa dos produtores é que o filme esteja pronto no primeiro trimestre de 2017.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.