Irregularidades em lojas

Incêndio em loja no centro de São Luís alerta para irregularidades

Fogo destruiu 90% do material da loja, que não tinha autorização dos Bombeiros para o funcionamento; vistorias serão intensificadas

Atualizada em 11/10/2022 às 12h44

O incêndio ocorrido na noite de domingo, dia 9, em uma loja na Rua de Santana, na região central de São Luís, mais uma vez chama atenção para o risco desse tipo de incidente em estabelecimentos comerciais cujas estruturas são antigas e, por essa razão, requerem mais cuidados. Na maioria dos casos, o fogo é ocasionado por um curto-circuito nas instalações elétricas, que carecem de manutenção por parte dos proprietários. Além disso, reabre a discussão sobre irregularidades cometidas por comerciantes que não dispõem de equipamentos de segurança, como extintor de incêndio.

Nessa última ocorrência, apenas o laudo técnico que deve ficar pronto em 30 dias vai apontar quais teriam sido as causas para o início do fogo. No entanto, há grandes possibilidades do incêndio ter começado depois de um curto circuito na fiação elétrica.

Por do incêndio, o Corpo de Bombeiros vai intensificar a partir de hoje as fiscalizações nos estabelecimentos comerciais da região central de São Luís. As vistorias serão feitas pela Diretoria de Atividades Técnicas (DAT) com o intuito de verificar as condições de segurança desses locais e evitar possível ocorrências.

De acordo com o coronel Ernesto França, comandante do DAT, os prédios antigos onde funcionam os estabelecimentos comerciais no centro da cidade são mais suscetíveis a terem o registro de incêndio. Isso deve-se a existência de fiações elétricas antigas que se tornam um perigo ainda maior caso não seja feita a manutenção adequada pelo proprietário.

O fato do prédios estarem localizados em uma área tombada também dificulta que os proprietários realizem as devidas adequações. “É um local também de patrimônio histórico e também difícil de fazer as adequações”, disse o coronel França.

Por causa desses situação, ele frisou que a partir de hoje serão intensificadas as vistorias na área para fiscalizar e orientar os proprietários dos prédios para fazerem as adequações em seus estabelecimentos comerciais. Quem não seguir os padrões de segurança receberá uma advertência que poderá ser uma notificação, multa ou até interdição do estabelecimento.

Fiscalização

A fiscalização fazem-se necessária ainda por causa das irregularidades que são encontradas pelos bombeiros do DAT durante as vistorias realizadas periodicamente pelo órgão. Fiação exposta e ausências de extintores de incêndio são as principais irregularidades encontradas.

De acordo com o coronel França, a loja foi incendiada no domingo não tinha a autorização do Corpo de Bombeiros para o funcionamento. Dessa forma, o estabelecimento não possui os itens de segurança necessários que poderiam evitar um incêndio.

As chamas no local começaram por volta de 22h do domingo e foram controladas apenas durante a madrugada de ontem. Ao longo de todo o dia, equipes do Corpo de Bombeiros permaneceram no local para resfriar o prédio e eliminar todos os focos de incêndio.

No local eram comercializados produtos como bolsas, roupas, calçados e outros objetos que foram rapidamente consumidos pelo fogo. A grande quantidade de plástico também contribuiu para a propagação das chamas. “Havia muitos combustíveis que fizeram com que o fogo se espalhasse. Cerca de 90% dos materiais foram queimados”, disse o major Wellington Lima, que estava coordenando as atividades no loca.

Na manhã de ontem, durante as atividades, o local foi isolado para dar passagem para as viaturas do Corpo de Bombeiros. Por pouco as duas lojas localizadas ao lado do estabelecimento tomado pelas chamas não foram atingidas, no entanto, elas não atenderam ao público ontem.

A energia elétrica de toda a rua foi cortada para evitar um curto circuito caso as chamas atingissem a fiação elétrica. Bem próximo ao andar superior do estabelecimento havia um transformador de energia no poste que não foi atingido pelo fogo.

A situação chamou a atenção de comerciantes e outras pessoas que passagem pelo local. Ainda na manhã de ontem, os proprietários do estabelecimento tentaram tirar de dentro do prédio os poucos materiais que não foram consumidos pelas chamas.

Após o término das atividades o prédio foi lacrado pelas equipes do Corpo de Bombeiros e o laudo conclusivo deve ficar pronto em 30 dias. Os proprietários do estabelecimento não quiseram conceder entrevista.

Mais

Fogo consome material de loja

Em abril deste ano, um incêndio consumiu completamente uma loja no Mercado Central, na capital maranhense. O fogo atingiu ainda outros cincos estabelecimentos da área. O curto circuito nas instalações elétrica, que eram antigas, ocasionou as chamas.

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