Eleições 2016

Eleições antecipam disputa presidencial nas capitais

Em São Paulo e Rio de Janeiro já há sinais de polarização e abertura para surgimento de terceira via em 2018

Atualizada em 11/10/2022 às 12h45

As eleições às prefeituras nas capitais do país já trazem indícios da temperatura do pleito presidencial de 2018. Os cenários em São Paulo e no Rio de Janeiro apontam para uma polarização que, aliada ao contexto nacional de crise econômica e de insatisfação do eleitorado, abre espaço para uma terceira via que tenha um discurso forte e esteja em sintonia com o povo.

Na corrida pela prefeitura de São Paulo, João Dória (PSDB) saiu de uma amarga terceira posição, disparando para a liderança absoluta nas pesquisas, de acordo com os dados do Ibope e do Datafolha. Na pesquisa do Datafolha, por exemplo, o candidato pulou de 5% em agosto para 30%, ultrapassando Russomanno (PRB) e liderando com folga.

Dória ganhou eleitores em cima de Marta Suplicy (PMDB), que caiu 5%, e de Celso Russomanno (PRB), com um recuo de 6%. Fernando Haddad (PT), apesar de permanecer em quarto lugar, também subiu na pesquisa 3%. Os números de brancos, nulos e indecisos permaneceram flutuando dentro da margem de erro. Esses dados levam em consideração a pesquisa Ibope. A ascensão do tucano veio logo após a Polícia Federal ter prendido dois ex-ministros da Fazenda dos governos PT: Guido Mantega e Antonio Palocci.

O candidato é apadrinhado por Geraldo Alckmin (PSDB). A indicação de Dória foi uma batalha difícil vencida pelo governador paulista, pois José Serra apoiava Andrea Matarazzo, que desistiu da candidatura para se tornar o vice de Marta Suplicy. Para isso, Matarazzo saiu do PSDB e foi para o PSD.

Nos bastidores, é dito que a manobra de criar a chapa Marta-Matarazzo é atribuída a José Serra, em mais um movimento de aproximação com o PMDB visando a corrida presidencial de 2018.

Serra apoiou a candidatura de Andrea Matarazzo

Com o afundamento de Marta nas pesquisas, o prestígio do tucano perante o partido de Temer teria caído a ponto de comprometer as possibilidades de Serra concorrer à presidência pelo PMDB. Já a aposta possivelmente vitoriosa de Alckmin representa um triunfo que pode ter incrementado sua candidatura à presidência, que conta com a simpatia dos eleitores conservadores.

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