Milhares de pessoas se reuniram ontem na Avenida Litorânea, em São Luís, para participar da 13ª Parada do Orgulho LGBT, na Avenida Litorânea, que este ano abordou o tema: “Lei de identidade de gênero: A ameaça para a cidadania LGBT no contexto político de ataque a ordem democrática e aos direitos humanos”, escolhido por causa da ameaça de retrocesso aos direitos já conquistados pela população LGBT do país devido à mudança de governo, que resultou na extinção de ministérios importantes para a implementação de políticas públicas voltadas para as minorias.
Mesmo com a seriedade do tema, o que não faltou foi criatividade e irreverência para protestar. E nisso, a população LGBT de São Luís sempre é nota dez. Ontem, o que se viu pela Avenida Litorânea foi um verdadeiro desfile de fantasias, luxo e glamour.
A multidão começou a se reunir na Avenida Litorânea, a partir das 14h, e foi seguindo os trios elétricos. No caminho, os participantes se divertiam ao som de DJs, que tocavam vários ritmos, desde o reggae ao funk, e diversas atrações musicais, além da apresentação de gogo boys, gogo girls e das multifacetadas drag queens, cujas roupas chamavam a atenção do público.
E as fantasias superproduzidas não poderiam faltar na parada. A cada momento chegava alguém vestido de forma diferente. Como os amigos, Darlan Oliveira e José Filho, vestidos como dois ícones da televisão brasileira: o Chacrinha, rei dos auditórios, e a musa Elke Maravilha. Juntos, eles já participaram de todas as paradas já realizadas até agora. “A parada é alegria. Alegria associada à luta”, afirmou.
Semana
Como complemento à parada, durante a semana, foram realizados diversos outros eventos de conscientização sobre o respeito aos homossexuais. A Semana da Diversidade São Luís 2016, como foi batizado o evento, começou na quarta-feira, dia 24, na Casa do Maranhão, Praia Grande, com a palestra “A ameaça para a cidadania LGBT no contexto político de ataque a ordem democrática e aos direitos humanos”.
Durante os outros dias foram realizados debates, oficinas, sessão de cinema e rodas de discussão. Tudo foi elaborado para que em todas as atividades fossem debatidas a questão racial, outro fator de discriminação.
Como agosto também é o mês da visibilidade lésbica, a programação do sábado, dia 27, foi dedicada às mulheres com a realização do “Encontrão LesBi: Luana Barbosa”. A homenageada, Luana Barbosa, era uma mulher negra, lésbica, pobre, periférica e masculinizada, que foi assassinada por policiais militares de São Paulo.
“A parada cresce a cada ano por causa da visibilidade. Estamos invadindo espaços públicos por causa da visibilidade, mas ainda falta muita coisa e este governo interino é um retrocesso para o movimento”, afirmou Andressa Sheron Santana, presidente da Associação Maranhense de Travestis e Transexuais (Amatra).
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