Parada do Orgulho LGBT 2016

Irreverência e cor marcam a 13ª Parada LGBT, em São Luís

Desfile animado ocorrido ontem na Avenida Litorânea, em São Luís, abordou o tema "Identidade e Gênero" com criatividade e muito glamour

Atualizada em 11/10/2022 às 12h45
Como de costume, a Parada do orgulho primou pela irreverência, luxo e protesto pelos direitos do povo LGBT
Como de costume, a Parada do orgulho primou pela irreverência, luxo e protesto pelos direitos do povo LGBT (Como)

Milhares de pessoas se reuniram ontem na Avenida Litorânea, em São Luís, para participar da 13ª Parada do Orgulho LGBT, na Avenida Litorânea, que este ano abordou o tema: “Lei de identidade de gênero: A ameaça para a cidadania LGBT no contexto político de ataque a ordem democrática e aos direitos humanos”, escolhido por causa da ameaça de retrocesso aos direitos já conquistados pela população LGBT do país devido à mudança de governo, que resultou na extinção de ministérios importantes para a implementação de políticas públicas voltadas para as minorias.

Mesmo com a seriedade do tema, o que não faltou foi criatividade e irreverência para protestar. E nisso, a população LGBT de São Luís sempre é nota dez. Ontem, o que se viu pela Avenida Litorânea foi um verdadeiro desfile de fantasias, luxo e glamour.

A multidão começou a se reunir na Avenida Litorânea, a partir das 14h, e foi seguindo os trios elétricos. No caminho, os participantes se divertiam ao som de DJs, que tocavam vários ritmos, desde o reggae ao funk, e diversas atrações musicais, além da apresentação de gogo boys, gogo girls e das multifacetadas drag queens, cujas roupas chamavam a atenção do público.

E as fantasias superproduzidas não poderiam faltar na parada. A cada momento chegava alguém vestido de forma diferente. Como os amigos, Darlan Oliveira e José Filho, vestidos como dois ícones da televisão brasileira: o Chacrinha, rei dos auditórios, e a musa Elke Maravilha. Juntos, eles já participaram de todas as paradas já realizadas até agora. “A parada é alegria. Alegria associada à luta”, afirmou.

Semana

Como complemento à parada, durante a semana, foram realizados diversos outros eventos de conscientização sobre o respeito aos homossexuais. A Semana da Diversidade São Luís 2016, como foi batizado o evento, começou na quarta-feira, dia 24, na Casa do Maranhão, Praia Grande, com a palestra “A ameaça para a cidadania LGBT no contexto político de ataque a ordem democrática e aos direitos humanos”.

Durante os outros dias foram realizados debates, oficinas, sessão de cinema e rodas de discussão. Tudo foi elaborado para que em todas as atividades fossem debatidas a questão racial, outro fator de discriminação.

Como agosto também é o mês da visibilidade lésbica, a programação do sábado, dia 27, foi dedicada às mulheres com a realização do “Encontrão LesBi: Luana Barbosa”. A homenageada, Luana Barbosa, era uma mulher negra, lésbica, pobre, periférica e masculinizada, que foi assassinada por policiais militares de São Paulo.

“A parada cresce a cada ano por causa da visibilidade. Estamos invadindo espaços públicos por causa da visibilidade, mas ainda falta muita coisa e este governo interino é um retrocesso para o movimento”, afirmou Andressa Sheron Santana, presidente da Associação Maranhense de Travestis e Transexuais (Amatra).

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