Saúde

Pacientes sofrem na busca por tratamento de hemodiálise no MA

Estado tem unidades em apenas seis cidades para atender os 217 municípios; governo paralisou obras de construção de outros sete centros, diz a deputada Andrea Murad; segundo ela, foram disponibilizados R$ 13,4 milhões para a construção das unidades

Atualizada em 11/10/2022 às 12h46
(Centro de tratamento de hemodiálise que seria construído na cidade de Coroatá está com obras paralisadas desde o início do atual governo)

A busca por tratamento de hemodiálise transformou-se em verdadeira via-crúcis para pacientes do interior do Maranhão. Reportagem do jornalista Alex Barbosa, da TV Mirante, exibida nesta semana pelo Jornal Nacional, mostra que moradores de Chapadinha e que precisam desse tipo de atendimento chegam a percorrer 1.500km por semana para ter acesso ao serviço.

Segundo a reportagem, o estado conta atualmente com apenas 12 centros de hemodiálise – distribuídos entre a capital, São Luís, e outras cinco cidades – para atender pacientes dos 217 municípios. Quem não mora em uma cidade com um hospital preparado para esse tipo de atendimento precisa se deslocar, às vezes em longas viagens.

A situação, no entanto, poderia ser diferente, como mostrou na quarta-feira, 24, a deputada estadual Andrea Murad (PMDB), filha do ex-secretário de Estado da Saúde, Ricardo Murad (PMDB).

Ao comentar a matéria exibida pela TV Mirante, no JMTV 2ª edição, e pelo Jornal Nacional, ela revelou que o ex-secretário deixou obras de construção de centros de hemodiálise iniciadas antes de sair do governo, em 2014. Mas o governo Flávio Dino (PCdoB) as paralisou.

Segundo a peemedebista, seriam sete as unidades. “Foram disponibilizados R$ 13,4 milhões para a construção de centros regionais em sete grandes cidades do Maranhão: Coroatá, Chapadinha, Imperatriz, Pinheiro, Santa Inês, São José de Ribamar e São Luís”, afirmou.

Obras

De acordo com a parlamentar, em muitos casos as obras foram efetivamente iniciadas. Como é o caso de Coroatá, por exemplo, onde atualmente existem apenas materiais depositados no terreno onde deveria ser erguido um dos centros.

“Em muitos desses municípios, as obras foram iniciadas e, logo que o governador assumiu, paralisadas. Antes de deixar a pasta, o ex-secretário Ricardo Murad deixou os 33 módulos de hemodiálise no Hospital Dr. Carlos Macieira e ainda aparelhos avançados para hemodiálise contínua, de curta duração, para pacientes na UTI, que não suportariam um procedimento tradicional”, disse a deputada.

Peregrinação

Andrea Murad também lamentou a “peregrinação” dos pacientes de Chapadinha, e ressaltou que a cidade estava entre as contempladas com uma das unidades de diálise. Ela garantiu que recursos foram deixados para a sua construção.

“Pacientes de Chapadinha, nessa peregrinação para São Luís para fazer Hemodiálise. Não deveriam estar passando por isso que o Jornal Nacional mostrou. Chapadinha já deveria ter seu centro de hemodiálise funcionando se a gestão de Flávio Dino fosse mais eficiente. Porque recursos foram deixados, o projeto já estava em execução, mas, infelizmente, o governador não consegue dar prosseguimento às obras asseguradas pelos recursos do BNDES”, relatou.

Em nota emitida sobre o caso, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou que está retomando as obras das unidades de hemodiálise nas cidades de São José de Ribamar, Chapadinha, Coroatá, Pinheiro, Santa Inês e Imperatriz. Mas não informou um prazo para isso.

Frase

“Foram disponibilizados R$ 13,4 milhões para a construção de centros regionais em sete grandes cidades do Maranhão: Coroatá, Chapadinha, Imperatriz, Pinheiro, Santa Inês, São José de Ribamar e São Luís”

Andrea Murad

Deputada estadual ( PMDB)

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