Infestação em colmeias

Mapa alerta apicultores sobre nova praga

O besouro Aethinatumida já foi detectado em São Paulo, o que leva o Ministério da Agricultura a alertar o Brasil; Maranhão não tem registro da praga

Atualizada em 11/10/2022 às 12h46
Colmeia infestada pelo besouro Aethinatumida, que pode viver na natureza e sobreviver até duas semanas sem comer
Colmeia infestada pelo besouro Aethinatumida, que pode viver na natureza e sobreviver até duas semanas sem comer (O besouro)

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) expediu nota técnica para o Setor de Epidemiologia dos órgãos de defesa animal de todo o Brasil, alertando para possível infestação de colmeias da abelha Apismellifera pelo besouro Aethinatumida. Já foram registrados oito focos em três municípios de São Paulo. No Maranhão, não houve nenhuma notificação de suspeita de infestação, de acordo com a Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão (Aged).

“É necessário alertar a comunidade apícola sobre a necessidade de notificação imediata da suspeita da ocorrência da Aethinatumida, em qualquer tipo de colmeia e proceder a investigação epidemiológica na região para caracterizar o impacto desta praga”, diz trecho da nota do Mapa.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento advertiu, ainda, que a movimentação de colmeias, favos de mel e outros produtos apícolas é a forma mais comum de transmissão da infestação a outras colônias.

Enquanto tenta estimar a extensão do problema e os danos às colmeias de abelhas africanizadas, que constituem a base da apicultura brasileira e nascem do cruzamento da abelha-africana com raças europeias, o Mapa defende que a fêmea adulta pode viver pelo menos seis meses e, em condições propícias, por milhares de ovos.

“O besouro pode viver na natureza e sobreviver até duas semanas sem comer, e voar até 13 quilômetros de distância de seu ninho, sendo capaz de se dispersar rapidamente e invadir novas colmeias”, diz outro trecho do documento.

O Mapa advertiu, ainda, que besouro que acomete as colmeias de abelhas, na fase larval, se alimenta dos ovos, ninhadas, mel e pólen, destruindo os favos e a estrutura da colmeia e causando grande impacto na produção.

Além disso, a nova praga também torna o mel impróprio para consumo, devido à fermentação, que ocorre após o contato com as larvas.

Diagnóstico

O responsável técnico pelo Programa Nacional de Sanidade Apícola (PNSA) na Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão, Clenilson Júnior, informou que em maio, uma equipe do órgão participou do 1º Curso de Sanidade Apícola de São Paulo.

“Estudamos formas de prevenção e diagnóstico da infestação desse besouro Aethinatumida. Agora, é preciso que o produtor esteja alerta e notifique a Aged imediatamente em caso de qualquer suspeita”, destacou o técnico.

Mais

Produtores podem denunciar na Aged

Para receber denúncias e relatos de suspeitas de doenças de notificação obrigatória, o Maranhão tem um número para contato sem nenhuma taxa de cobrança, conhecido como Disque Aged: 0800 280 6006.

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