Queimadas

Bombeiros se preparam para atuar em incêndios florestais no período de estiagem em SL

Homens participam de curso que começou no dia 7 e tem previsão de 45 dias, com uma carga horária total de 400 horas

Gisele Carvalho / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h47
Bombeiros participam de curso de prevenção e combate a incêndios
Bombeiros participam de curso de prevenção e combate a incêndios (Curso incêndio)

Oficiais do Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA) participam de um curso de prevenção e combate a incêndios florestais, realizado em parceria com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema). O curso faz parte do plano de ações para atuação durante o período de estiagem, quando a quantidade de incêndios em áreas florestais tende a aumentar.

O tenente Wescley Penha, especialista na área de Combate a Incêndio Florestal e responsável pela 1ª seção do Batalhão de Bombeiro Ambiental, explicou que depois do grande número de incêndios que houve principalmente no centro-sul do Maranhão, houve uma necessidade de planejar uma série de ações. Por isso, estão sendo formados 30 profissionais em conhecimentos específicos nas áreas de prevenção, legislação e combate a incêndio florestal.

Segundo Janaína Gomes Dantas, superintendente de biodiversidade e áreas protegidas da Sema, estão abordados na etapa atual do curso assuntos como biomas, unidades de conservação e fauna silvestre. “O conhecimento prévio de cada região é imprescindível para que os conhecimentos sejam aplicados da forma adequada”, explicou.

Ocorrências
Ainda de acordo com o tenente, na Grande Ilha, existem alguns pontos que todo ano tem registros de fogo em vegetação. “Um exemplo é a área da Avenida Litorânea, onde a parte das dunas sempre queima. Temos também áreas adjacentes como o Angelim, Lagoa da Jansen, Sítio do Rangedor e alguns pontos limítrofes com Paço do Lumiar”, listou o oficial.

A principal causa para esses incêndios é a ação do homem que provoca grandes queimadas, às vezes, por falta de conhecimento. Somado a isso, há alguns fatores que contribuem para os incêndios: elevada temperatura, baixa umidade e vegetação seca, o que colabora para que a queimada alcance grandes proporções.

Com a proximidade da estação seca, a recomendação do tenente Wescley Penha é evitar fazer queimadas. Se for necessário, procure queimar essa vegetação antes das 8h e depois das 16h, evitando os horários em que a temperatura está muito elevada. Além disso, é recomendado que adotar algumas medidas para garantir uma queimada controlada.

Em caso de queimada, o Corpo de Bombeiros pode ser acionado pelo número 193. “O Combate a incêndio florestal é bem rústico porque a área de acesso não é viável para que um carro de combate a incêndio chegue até o local do incêndio. Então, nós contamos com bombas costais, abafadores e sopradores além da prevenção, que é a melhor forma de se antecipar o incêndio e evitar que o fogo se espalhe”, destacou o tenente Wescley Penha.

Estatísticas
Um total de 30.137 focos de incêndio foi registrado no Maranhão em 2015, segundo o relatório do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). O número é 18% maior do que o registrado em 2014 (25.435). Em 2015, o Maranhão ocupou o 3º lugar no ranking de estados com maior incidência de queimadas. Logo atrás vem o Pará com 44.794 casos e o Mato Grosso, com 32.984.

SAIBA MAIS

Segundo a Lei n° 12.651//2012 do Código Florestal, é proibido o uso de fogo na vegetação, exceto nas seguintes situações:

I - em locais ou regiões cujas peculiaridades justifiquem o emprego do fogo em práticas agropastoris ou florestais, mediante prévia aprovação do órgão estadual ambiental competente do Sisnama, para cada imóvel rural ou de forma regionalizada, que estabelecerá os critérios de monitoramento e controle;

II - emprego da queima controlada em Unidades de Conservação, em conformidade com o respectivo plano de manejo e mediante prévia aprovação do órgão gestor da Unidade de Conservação, visando ao manejo conservacionista da vegetação nativa, cujas características ecológicas estejam associadas evolutivamente à ocorrência do fogo;

III - atividades de pesquisa científica vinculada a projeto de pesquisa devidamente aprovado pelos órgãos competentes e realizada por instituição de pesquisa reconhecida, mediante prévia aprovação do órgão ambiental competente do Sisnama.

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