Um comerciante do Monte Castelo, em São Luís, teve de encerrar a venda de churrasquinhos, que mantinha há 18 anos, por causa da quantidade de assaltos no bairro. Assim já aconteceu com vários outros, que tiveram de alterar sua rotina por causa da criminalidade. Moradores e comerciantes estão assustados com a onda de violência que tem assolado a comunidade e, conforme as denúncias, as ocorrências tornaram-se mais frequentes nos últimos dias.

Conforme o relato dos moradores, muitos dos criminosos que assaltam na região são oriundos dos apartamentos construídos pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que ficam nas proximidades. Os assaltantes fogem em direção à esses apartamentos e vendem os objetos roubados para conseguirem dinheiro necessário para a compra de entorpecentes.

Policiais do 9º Batalhão de Polícia Militar (9º BPM) frequentemente fazem rondas entre os apartamentos do PAC para localizar os responsáveis pelos delitos e desarticular as chamadas “bocas de fumo”. Contudo, as buscas não têm o resultado esperado e a criminalidade na região aumenta.

Medo
Por causa dessa situação, os moradores e comerciantes convivem a maior parte do tempo com medo e andam sobressaltados pelas ruas. “Eu, quando vou sair para algum lugar perto, não levo dinheiro, nem celular”, disse a técnica em enfermagem Fátima da Silva.

Os assaltantes costumam agir em ruas como 24 de outubro, 1º de janeiro, 19 de março, Manoel Beckman, Avenida Newton Belo entre outras da localidade. Nessas vias, os moradores têm de conviver dia e noite com a possibilidade de serem vítimas dos criminosos a qualquer momento.

“Infelizmente, nós ficamos à mercê da nossa própria sorte”, disse um comerciante da Avenida Newton Belo que preferiu não se identificar. Ele afirmou que já foi assaltado cinco vezes e os criminosos apontaram armas de fogo para sua esposa e filhos.

SAIBA MAIS

O bairro do Monte Castelo já foi reduto da classe média alta ludovicense e bastante movimentado com uma diversidade de bares. No entanto, com o passar das décadas, essa realidade foi sendo transformada gradativamente e hoje as lembranças dos tempos áureos do bairros estão vivas apenas nas memórias dos moradores mais antigos.

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