Investimentos para a indústria maranhense

Setor industrial do estado receberá investimentos

Anúncio foi feito pelo ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, durante o lançamento dos Planos Brasil Mais Produtivo e Nacional da Cultura Exportadora, na Federação das Indústrias do Maranhão

Thiago Bastos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h46
Ministro Marcos Pereira informou que as ações de apoio do Governo Federal serão concentradas nos municípios de São Luís e Imperatriz/De Jesus
Ministro Marcos Pereira informou que as ações de apoio do Governo Federal serão concentradas nos municípios de São Luís e Imperatriz/De Jesus (Ministro)

Maranhão receberá investimentos para incremento da cadeira produtiva industrial. O anún­cio foi feito na sexta-feira pelo ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, durante o lançamento dos planos Brasil Mais Produtivo e Nacional da Cultura Exportadora (PNCE), na Federação das Indústrias do Maranhão (Fiema).
Somente o Brasil Mais Produtivo terá investimento de R$ 50 milhões, que serão aplicados na redução dos sete tipos de desperdícios mais comuns que ocorrem no processo produtivo – superprodução, tempo de espera, excesso de processamento, inventário, movimento e defeitos.
De acordo com o ministro, as ações se concentrarão em negócios localizados em São Luís e Imperatriz, que receberão periodicamente serviços de consultoria de empresas organizadas em Arranjo Produtivo Local (APL).
Entre as empresas interessadas em participar do programa terão prioridade as que possuam entre 11 e 200 funcionários, ou seja, pequenas e médias. O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) capacitará mais de 500 consultores para a realização das consultorias do programa.
A solenidade foi prestigiada por autoridades locais, dentre elas, o governador do Maranhão, Flávio Dino. De acordo com o ministro, um dos objetivos dos planos é elevar a capacidade lucrativa das empresas locais em até 20% e reduzir os impactos da balança comercial do estado que no ano passado teve saldo deficitário estimado em US$ 571 milhões.
“Sabemos do enorme desafio que o país enfrenta, representado por números negativos da balança comercial, agravada pela instabilidade das taxas cambiais. Por isso, o Governo Federal não envidará esforços para valorizar um setor tão importante da economia, como o industrial, ainda mais com o potencial de crescimento como o do Maranhão”, disse o ministro.
Durante o evento, o Governo Federal apresentou dados para comprovar a queda na importância do setor secundário na produção das riquezas do país. Ano passado, a indústria representou menos de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. “Na década de 1980, por exemplo, o mesmo setor chegou a representar até 30% das riquezas brasileiras. É preciso incentivar o setor, valorizando desde os grandes empreendimentos, como até mesmo os pequenos e médios negócios”, enfatizou.
Além dos serviços de consultoria do APL, as empresas também poderão usufruir de técnicos especialistas nas áreas de adequação de produtos e identificação de mercados consumidores. No total, por meio do Brasil Mais Produtivo, três mil indústrias de menor porte dos segmentos de alimentos e bebidas, vestuário e calçados, metalmecânico e moveleiro serão beneficiados em todo o país. No Maranhão, o programa atenderá apenas empreendimentos do segmento moveleiro.

Medidas
Ainda de acordo com o ministro, além dos programas Brasil Mais Produtivo e PNCE, o Governo Federal deverá apresentar – até outubro deste ano – um conjunto de medidas que deverão facilitar a entrada de investidores internacionais no território brasileiro, por meio de concessões.
“Somados aos programas que chegam ao Maranhão e a este conjunto de medidas, também deveremos, de forma conjunta com outros ministérios, melhorar a infraestrutura da malha rodoviária”, afirmou o ministro, se referindo diretamente a serviços de intervenção na BR-135, principal rodovia que corta o estado.
O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema), Edílson Baldez, destacou, durante o lançamento dos programas, a importância de investimentos no estado. “É importante, neste momento ainda de instabilidade no país, contar com o apoio do Governo Federal”, disse.

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