Moradores de rua e a comunidade em geral do Centro Histórico são o público alvo da ação social intitulada “Todos pelos Direitos Humanos”, evento realizado pela Defensoria Pública do Estado do Maranhão em parceria com diversas instituições na manhã de hoje.

Foram ofertados serviços jurídicos, de cidadania e saúde. São serviços como atendimentos jurídicos, emissão de documentação básica e de cartão do SUS, cadastro no programa Bolsa Família, caminhão do peixe, avaliação nutricional, realização de testes rápidos de HIV, Sífilis e Hepatite B e C e vacinação (contra a febre amarela, tétano e a tríplice viral).

A programação também prevê a realização de ações de promoção de imagem pessoal e beleza, como corte de cabelo e limpeza de pele. Os moradores de rua ainda encontrarão no local, aplicação de flúor, exame de glicemia.

Consultas e exames oftalmológicos estão sendo oferecidos pelo Hospital do Olho. O serviço teve uma grande demanda durante a ação. Uma das pessoas que teve a oportunidade de receber o serviço foi Amanda Caldas Viana. Ela levou o filho Salomão, de apenas 10 meses, para a consulta. “Ele está há sete dias com uma conjuntivite, mas o remédio que receitaram não está fazendo efeito. Soube que teria essa ação e aproveitei para ver o que está acontecendo com ele”, disse.

Segundo o defensor público estadual Jean Carlos Nunes Pereira, do Núcleo de Direitos Humanos da Defensoria, a escolha da área e população para a ação social foi estratégica.

“Estima-se que há aproximadamente mil pessoas nesta situação de rua, que tem uma série de necessidades não só de moradia, mas de diversas outras demandas negadas. Essa população se concentra principalmente na região do Centro Histórico. Então, vir para o Convento das Mercês é também a demarcação de um espaço de chegada das políticas públicas para essa população”, afirmou o defensor.

O evento, que teve início às 8h deste sábado e segue até o início da tarde, conta com a parceria da Defensoria Pública da União (DPU), a Prefeitura de São Luís e o Governo do Estado.

Para ser atendido no consultório de saúde, é preciso ter o cartão do SUS. Para tê-lo, é preciso ter a certidão de nascimento. E essa população não tem. Boa parte dessas pessoas tem problemas com os registros públicos. Então, precisamos nos antecipar e ir até essas pessoas"Jean Carlos Nunes Pereira, defensor público estadual

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