Olimpíada

Policial do Maranhão diz que condições de trabalho são desumanas

Salários estariam atrasados e foi dada apenas uma farda para a tropa atuar durante dois meses, além de ter apenas nos tamanhos G e GG

OESTADOMA.COM, com informações de O Globo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h47
Força Nacional de Segurança assumiu a segurança das áreas de competições dos jogos Rio 2016
Força Nacional de Segurança assumiu a segurança das áreas de competições dos jogos Rio 2016 (força nacional)

RIO DE JANEIRO - Um policial militar do Maranhão, que integra a Força Nacional de Segurança, criticou as condições em que a tropa se submeterá durante a Olimpíada, no Rio de Janeiro. Em entrevista ao jornal O Globo, o PM afirmou que a situação é desumana e poderá provocar uma debandada.

De acordo com o policial, que preferiu não se identificar por medo de represálias, afirmou que salários estão atrasados e foi dada apenas uma farda para atuar durante dois meses, além de ter apenas nos tamanhos G e GG. Além disso, segundo o PM, coturnos e cintos não foram fornecidos para a guarnição, que está tendo de usar o que já possui. "Fomos obrigados a procurar costureiras em Jacarepaguá para adequar os uniformes ao tamanho de cada um. Pagamos do próprio bolso", contou o PM ao jornal.

Ele também criticou a escala de trabalho. "Estou desde 25 de junho no Rio com um único uniforme e ainda não tive tempo de lavá-lo. Tiramos 12 horas de plantão em pé, todos os dias, nos pontos de operações de Deodoro, do Maracanã e da Barra da Tijuca. O tratamento é desumano. São dois policiais em cada ponto e não há como beber água, comer em algum lugar ou ir ao banheiro. Precisamos acordar às 4h, entrar em forma às 5h e ingressar no comboio às 5h30m, pois rendemos nossos colegas às 7h. Saímos, exaustos, às 19h. Aí, é pegar o transporte outra vez e deitar em um colchão", denunciou.

O Governo Federal prometeu solucionar os problemas e anunciou um reajuste de 150% da diária, que passará de R$ 220 para R$ 550. Além disso, o Ministério da Justiça prometeu modificar a escala de trabalho do efetivo, passando de 12 horas de serviço para 48 de folga. Beliches já começaram a ser entregues aos agentes, que estavam dormindo em colchões comprados por eles mesmos.

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