Prevenção

Dor de cabeça intensa pode ser aneurisma

Exames de ressonância magnética, tomografia computadorizada ou angiografia digital são eficientes para detectar esse grave problema

Atualizada em 11/10/2022 às 12h47
(dor de cabeça)

Dor de cabeça, na maioria dos casos, é um problema que gera imediata automedicação. No entanto, este procedimento pode vir a retardar o diagnóstico de outro mais grave: o aneurisma. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cefaleia, a dor de cabeça atinge cerca de 13 milhões de brasileiros. No entanto, quando o quadro é de dor súbita, muito intensa e associada a náuseas e vômitos, isto pode ser um sinal de alerta para aneurisma sacular intracraniano, ou seja, uma dilatação focal anormal em adição ao contorno das artérias intracranianas.

O problema é grave. Aproximadamente 66% dos pacientes com aneurisma intracraniano roto evolui a óbito ou apresenta sequela neurológica incapacitante. Sua prevalência na população geral é de 1,5% a 8%. A incidência estimada de ruptura é de um caso por 10 mil pessoas por ano.

Exames
De acordo com o médico radiologista Sylvio Batista, que atende na Clínica i.Medical, ao perceber um quadro assim, o mais indicado é que o paciente providencie o mais rápido possível um exame de ressonância magnética ou uma tomografia computadorizada, que fornecem informações valiosas sobre tamanho, local, presença de trombo, hemorragia e condição do parênquima encefálico adjacente ao aneurisma. “Há ainda a angiografia digital por cateter, que continua a ser o procedimento definitivo para o diagnóstico, inclusive de outros aneurismas não estimados pelos métodos não invasivos, como ângio-RM e ângio-TC”, explica o médico.

Sylvio Batista lembra que são diversos os fatores de risco para a formação de aneurisma intracraniano e hemorragia, muitos deles decorrentes da vida moderna, como o tabagismo, a hipertensão, o consumo de álcool, uso de contraceptivos orais, aterosclerose e ingestão abusiva de café. “O diagnóstico dos aneurismas rotos e não rotos é muito importante, pois é possível planejar seu tratamento”, frisa.

Existem diversos tipos de aneurisma, sendo o sacular o mais frequente e o mais comumente encontrado. Entre os outros tipos, são descritos os fusiformes, associados à aterosclerose e infrequentemente a hemorragia, os micóticos (causados por êmbolos infectados e associados a HSA) e os dissecantes, que podem ser espontâneos ou traumáticos. l

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