BATE-BOLA

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Edivan Fonsêca

Atualizada em 11/10/2022 às 12h47

Preocupação de todos

Depois de eliminado na Copa do Brasil, o Sampaio perdeu mais uma no Brasileiro. Ao ser derrotado por 2 x 0 pelo Joinville, na Arena Joinville, nosso representante parece mesmo ter “grudado” nas últimas colocações da Série B.

O Sampaio Corrêa virou mesmo a preocupação de todos os desportistas maranhenses. Bolivianos ou não. A grande pergunta é: o que está acontecendo com o Tricolor que em 2016 não consegue ser o mesmo de 2012 até 2015? Vamos tentar responder.

Atenção dividida

É difícil encarar duas competições importantes ao mesmo tempo. Nem os chamados grandes clubes conseguem conciliar e muito menos obter sucesso em dois torneios ao mesmo tempo. Em algumas vezes, um time obtém resultados expressivos em uma e na outra o rendimento é pífio. Também há casos nos quais o fracasso é total, por não priorizar um campeonato e apenas cumprir tabela em outro. Nos dois, o rendimento é desastroso.

Ano ruim

Este ano, o Sampaio Corrêa foi e está sendo vítima do querer dar um salto maior do que as pernas. A Bolívia Querida começou a temporada disputando o Campeonato Maranhense. Desprezou a competição da FMF e acabou se dando muito mal, perdendo o título para o Moto, seu grande rival. Ao mesmo tempo do Estadual, passou a competir na Copa do Nordeste e paralelamente teve jogos pela Copa do Brasil. Foi péssimo nos três torneios.

Em parafuso

A equipe entrou em parafuso, até por ter perdido tempo precioso com técnicos, que desmancharam a boa base de 2015 e não conseguiram sequer montar o que se chama de espinha dorsal de um time de futebol: sem goleiro, defesa, meio de campo e ataque. Como consequência, ao dividir também as atenções entre a Série B do Brasileiro e a Copa do Brasil, o Sampaio está penando na Série B, sendo obrigado a conviver com a perseguição do fantasma do rebaixamento, que tem tirado a tranquilidade dos jogadores e o sono do treinador Wagner Lopes, que chegou ao clube e encontrou uma casa desarrumada.

Como não é nada fácil pegar o bonde andando e montar um time em plena disputa, nosso representante tem sofrido as sequelas péssimo começo que teve.

Olho no futuro

De fato, não adianta chorar o leite derramado. Ou seja, o que passou, passou. Cabe agora ao nosso Tubarão, mesmo tendo se saído mal no Estadual, horrível no Nordestão e abaixo das expectativas na Copa do Brasil, que dê uma respirada profunda, renove o ar e agora, livre das outras competições, que concentre suas forças única e exclusivamente na Série B do Campeonato Brasileiro. Daqui para frente, suas atenções precisam ficar focadas apenas no Brasileiro.

Comparativo preocupante

Não pode ser diferente. O balanço comparativo com o primeiro turno do Brasileiro de 2014 e 2015, é deveras preocupante. Existe uma diferença grande em relação aos pontos somados em 2016, para com as duas temporadas anteriores. No turno inicial de 2014, salvo engano, o Sampaio encerrou com 28 pontos. Em 2015, no encerramento do turno, o Tricolor tinha 32. Nos dois anos passados, o Sampaio esteve sempre entre os 10 primeiros, brigando até o fim pelo acesso.

Em 2016, a projeção é de que o Sampaio encerre com algo em torno de 16 pontos, Ou seja, mais ou menos, a metade do que aconteceu em 2014 e 2015.

Últimos no turno caíram

Mais terrível ainda é a constatação de que 90% dos quatro últimos colocados no primeiro turno das competições dos dois derradeiros anos acabaram sendo rebaixados. Uma das poucas exceções, foi o Ceará Sporting, que só escapou da degola em 2015 nas rodadas finais do campeonato.

Manter a vaga na Série B é importante para todos. Deixar o Sampaio entre os 20 melhores e mais importantes do país, é como deixar a Bolívia Querida com maiores condições de conquistar patrocinadores e parcerias mais valiosas. Uma coisa é disputar uma Série C e outra é jogar a Série B.

Para sair dessa

Dessa forma, que seja feito de tudo para o Sampaio reaja, exorcize a má fase e comece a caminhar rumo às posições mais tranquilas dentro da tabela, para que não conviva com o desespero da degola ‘até o fim da Série B.

Na verdade, não é hora de caça às bruxas. Mais nobre e importe do que jogar pedras nos culpados é, sacudir a poeira, para dar a volta por cima. E sem essa de torcida contra. Precisamos deixar as diferenças de lado e declamar apoio total e irrestrito ao Sampaio. Se for o caso, declarar que somos “bolivianos desde criancinhas”.

O sucesso do Sampaio, com certeza, será de todo o futebol maranhense. Vide a projeção que ganhou o futebol desde 2012 com a ascendência fantástica que o Tricolor teve no cenário nacional.

Que venha agora o Bahia. É o jogo para se eleger como o da arrancada da Bolívia Querida.

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