Por tempo indeterminado

Professores da rede municipal dão início a greve a partir de hoje

Categoria reivindica reajuste salarial de 11,36% e reforma das unidades de ensino; na manhã de hoje professores farão um ato público, no Palácio de La Ravardière, no Centro, sede da Prefeitura de São Luís; 85 mil estudantes ficarão sem aula

Atualizada em 11/10/2022 às 12h48
Estudantes da rede municipal ficarão sem aula a partir de hoje
Estudantes da rede municipal ficarão sem aula a partir de hoje (alunos)

Os professores da rede municipal de São Luís iniciam hoje uma paralisação que segue por tempo indeterminado. Essa é a segunda vez que a categoria paralisa as atividades na gestão do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT). A primeira aconteceu em 2014, quando eles mantiveram-se em greve por mais de 100 dias. Com a greve, 85 mil alunos ficarão sem aula em São Luís.

A paralisação está sendo organizada pelo Sindicato dos Profissionais do Magistério da Rede Pública Municipal de São Luís (Sindeducação). A categoria reivindica reajuste salarial de 11,36% e melhorias nas condições de trabalho. Entre essas melhorias está a reforma de muitas unidades escolares, que estão em situação precária.

Ato
A greve dos professores foi aprovada pela categoria durante assembleia realizada no dia 19 de maio. Hoje, os docentes farão um ato público, saindo em passeata da Praça do São Francisco em direção ao Palácio de La Ravardière, sede do Executivo municipal, localizado na Praça Pedro II.

Eles reivindicam o repasse, de forma integral, do aumento de 11,36% (garantido, em acordo com os trabalhadores, por meio da Lei nº 5.877). Do outro lado, a Prefeitura teria feito duas contrapropostas à categoria. Na primeira, o Município propôs o reajuste de 10,67% quitados de forma escalonada ou parcelada em três vezes. Na segunda, o mesmo reajuste de 10,67% em duas vezes, sendo uma em junho e a outra em novembro.

Outra reivindicação dos professores trata da reforma das escolas gerenciadas pela Prefeitura de São Luís. De acordo com o Sindeducação, muitas delas não oferecem condições para o aprendizado dos alunos e também para os professores exercerem suas funções.

Uma dessas escolas é a Unidade de Educação Básica Nielza Lima Matos no João Paulo. As denúncias de pais, alunos e professores apontam problemas no telhado e paredes da escola, assim como na parte elétrica. Um esgoto escorre a céu aberto e passa em frente a unidade, causando ainda mais indignação nas pessoas que usufruem do ambiente educacional.

Proposta
Por meio de nota, encaminhada na tarde de ontem, a Secretaria Municipal de Educação (Semed) informou que tem dialogado constantemente com o sindicato de professores e se mobilizado para atender às demandas da categoria, inclusive com a apresentação de cinco diferentes propostas de reajuste salarial.

A Semed informou que propôs reajuste de 10,67% aos professores da rede municipal. A secretaria disse que lamenta a decisão de paralisação das aulas e reforçou que continua disposta a negociar com os professores.

SAIBA MAIS

Principais reivindicações dos docentes

  • Construção de creches e escolas
  • Melhorias na Infraestrutura das escolas
  • Melhores condições de trabalho
  • Regularização total do transporte escolar
  • Alimentação de qualidade para as crianças
  • Segurança nas 281 escolas (turnos diurno e noturno)
  • Concurso Público
  • Pagamento Reajuste Salarial de 11,36% sem parcelamento

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