Vale inaugura complexo de oficinas para manutenção da frota de locomotivas e vagões
Investimento realizado em São Luís integra o Programa S11D, considerado o maior projeto em logística na história da Vale, que projeta movimentar de 230 milhões de toneladas, a partir de 2018
Os 16 mil vagões e 220 locomotivas que fazem o transporte de minério de ferro na Estrada de Ferro de Carajás (EFC), ente os estados do Pará e Maranhão, contam agora com um moderno complexo de oficinas para manutenção preventiva e corretiva da frota, inaugurado ontem, em São Luís, pelo presidente da Vale, Murilo Ferreira. O governador Flávio Dino também participou do evento.
As novas oficinas, que reúnem o Posto de Inspeção e Abastecimento de Locomotivas (PIAL), Complexo de Troca de Rodeiros (CTR) e Complexo de Manutenção de Rodeiros, ocupam uma área de 20 mil m², nas instalações do Terminal de Ponta da Madeira. O investimento integra o Programa S11D Logística, considerado o maior projeto nessa área na história da Vale.
Utilizando o conceito de “pit stop”, similar ao da Fórmula 1, as novas oficinas garantem ainda mais eficiência à operação da EFC, considera hoje uma das mais modernas, seguras e eficientes ferrovias do país. Em cada uma das oficinas são realizadas atividades diferentes no processo de manutenção.
Para a operação do complexo, a Vale investiu na qualificação de jovens, por meio do Programa de Formação Profissional (PFP), de modo que foram admitidos 500 novos empregados pela Vale, dos quais 90% de mão-de-obra maranhense. Desde que foram iniciadas as obras de expansão da Companhia no Maranhão, mais de 20 mil empregos diretos foram gerados no pico dos trabalhos.
O presidente da Vale, Murilo Ferreira, destacou a importância desse investimento, num momento de grandes dificuldades para o Brasil, mas que faz parte de um esforço da empresa de implementar a estrutura necessária para se elevar a capacidade de transporte das atuais 150 milhões de toneladas por ano para 230 milhões de toneladas, a partir de 2018.
As obras do S11D incluem expansão do Terminal Marítimo de Ponta da Madeira (TMPM) e do terminal ferroviário, em São Luís, além da duplicação da Estrada de Ferro Carajás (EFC), a construção de um ramal ferroviário, de uma usina de beneficiamento e abertura da mina em Canaã dos Carajás, no Sudeste do Pará.
“Temos uma relação muito forte com o Maranhão e essa inauguração faz parte desse grande esforço de transformar o porto aqui de São Luís como o maior em movimentação no mundo”, declarou Murilo Ferreira.
Falando em nome dos 500 novos funcionários da Vale que atuarão no complexo, o jovem André Salomão Campos destacou a importância do Programa de Formação Profissional da Vale por abrir oportunidades para quem deseja ingressar no mercado de trabalho.
O governador Flávio Dino ressaltou a importância da Vale para o Maranhão, como uma empresa que em feito investimentos que contribuem para o desenvolvimento econômico do estado.
Processo moderno torna a manutenção ainda mais eficiente
Segundo a Vale, no complexo de oficinas, os trens com 330 vagões vindos de Carajás, no sudeste do Pará, são separados em blocos de 110 vagões para facilitar a descarga. Enquanto o minério é retirado, as locomotivas seguem para revisão no Posto de Inspeção e Abastecimento de Locomotivas (PIAL), que tem capacidade para atender até 12 máquinas simultaneamente. Além de uma maior integração dos processos, o principal benefício foi a redução do tempo de preparação das locomotivas para uma nova viagem, que pode durar até 90 minutos. Este é o novo conceito de "pit stop" implantado.
Depois de descarregados, os vagões são conduzidos pelas locomotivas já revisadas e abastecidas até o Centro de Troca de Rodeiros. O rodeiro integra rodas, rolamentos e eixo e permite a movimentação do vagão sobre os trilhos. No CTR, os rodeiros que precisam de manutenção são retirados e trocados por outros em perfeitas condições de uso. O Centro tem capacidade de atender até 2 mil vagões/dia.
Neste novo método, que dura até 15 minutos, não há mais necessidade de separar o vagão com o rodeiro danificado do bloco, como era feito antes. A troca com o bloco integrado diminui o tempo de parada na manutenção.
Os rodeiros que precisam de manutenção são enviados ao Centro de Manutenção de Rodeiros, outra grande oficina do complexo. Aqui, equipamentos de última geração realizam o reparo necessário, deixando o rodeiro apto a ser utilizado em novas viagens. Locomotiva abastecida e revisada, rodeiros trocados, chega a hora de montar o trem que seguirá viagem até Carajás.
O sistema utilizado pela Vale para garantir alta capacidade de transporte é chamado de Locotrol. Nele, utiliza-se 3 blocos com 110 vagões + 3 locomotivas alocadas em longo da composição. Com esse formato, os trens chegam a ter 3,5 quilômetros de extensão, os maiores em circulação regular no país.
Oficina de vagões da Vale
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