A ascensão do vice-presidente Michel Temer (PMDB) ao comando interino da Presidência da República, mudou o cenário político no Maranhão. Além de garantir espaços para maranhenses no primeiro escalão da gestão peemedebista, a nova gestão também altera o jogo político para as eleições 2016 e 2018 no estado.
O deputado federal Sarney Filho (PV), por exemplo, foi confirmado como o novo ministro do Meio Ambiente.
Empossado ontem na pasta, Sarney Filho, eleito deputado estadual no Maranhão pela primeira vez em 1978 e deputado federal também pela primeira vez em 1982, já chegou a comandar o Ministério do Meio Ambiente de 1999 a 2002 no governo Fernando Henrique Cardoso. Ele disse estar ciente do desafio – diante do atual cenário político e econômico do país -, e assegurou preparo para a função.
"Recebi este convite já há algum tempo. Eu tinha sido sondado e o vice presidente, agora presidente interino, me ligou e disse que gostaria de contar com a minha colaboração no governo nesta área. Plantei a semente de tudo o que o Brasil está colhendo internacionalmente. Agora, é uma missão nossa, eu sei, que muita coisa vai ter que melhorar e eu aceitei esse desafio”, afirmou, em entrevista a Rádio Mirante AM.
Dentre os maranhenses que estão em alta no governo Michel Temer, Sarney Filho é o de maior destaque, pelo espaço alcançado.
Prestígio – Apesar de não ter ocupado posto algum no primeiro escalão do governo Michel Temer, o senador Roberto Rocha (PSB), chegou a ser cogitado, pela mídia nacional, para o Ministério de Minas e Energia. A O Estado, contudo, afirmou que não passava de especulação.
O suplente de senador Lobão Filho (PMDB), que na próxima segunda-feira assume mandato no lugar de Edison Lobão (PMDB) no Senado da República, poderá atuar como uma espécie de articulador do PMDB no Maranhão. Lobão Filho, que tem acesso direto e prestígio junto a Temer, votará no Senado o processo de impeachment de Dilma Rousseff (PT), o que o aproximará ainda mais da cúpula nacional do PMDB.
O coordenador da bancada maranhense na Câmara Federal, deputado André Fufuca (PP), já abriu canais de diálogo com o novo presidente da República. Ele também aparece como um dos maranhenses em alta na nova gestão presidencial.
Já o governador Flávio Dino (PCdoB), militante na defesa do mandato de Dilma Rousseff e que tinha acesso direto a petista, pode acabar isolado no cenário nacional.
Isso após ter classificado de golpe o processo de impeachment, ter criticado a atuação do juiz federal Sergio Moro na condução da Operação Lava Jato, e de admitido influência sobre Waldir Maranhão (PP) – presidente interino da Câmara Federal -, no ato polêmico que resultou na anulação relâmpago do processo de impeachment, na última segunda-feira.
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Até a manhã de ontem auxiliar da presidente Dilma Rousseff (PT) no Fundo Nacional de Desenvolvimento e Educação (FNDE), o ex-ministro do turismo Gastão Vieira (PROS), se insinuou ao presidente interino Michel Temer (PMDB), por meio de seu perfil em rede social, logo após a votação de admissibilidade de impeachment no Senado. Ele afirmou que aguardará a decisão do novo ministro de Educação em relação a sua permanência no posto. “Volto, como sempre faço, sexta-feira para São Luís onde aguardarei a decisão do presidente Temer sobre minha permanência”, disse.
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