Gesto de amor. Simplicidade. Fé. Palavras que expressam o sentimento de uma mãe que superou “poucas e boas” – conforme definido pela própria protagonista – para criar o seu “presente do céu”, como definiu o próprio filho. Zeladora da casa e, ao mesmo tempo, mulher, Graziela Nunes é mãe de José Antônio, de apenas 5 meses.
Até este ponto, trata-se de uma história como outras tantas que existem na sociedade brasileira. O diferencial é a luta enfrentada por uma mãe que, inicialmente sozinha, teve que superar as adversidades e criar o pequeno José, que nasceu com microcefalia (doença em que a cabeça e o cérebro das crianças são menores que o normal). Por causa disso, o bebê é submetido a uma rotina “incansável”, formada por idas e vindas para fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais.
O dia a dia limita (e muito) o horário da mãe. Mesmo após o nascimento, contando com o apoio do pai da criança e da avó materna, são horas e mais horas voltadas para o tratamento do filho. Mesmo diante de todo este cenário adverso, a mãe não reclama de nada e ainda agradece. “Meu filho é um presente de Deus para mim. Um presente do céu. Antes de ele nascer, nem sabia o que era microcefalia”, revela Graziela Nunes.
Apoio
A mãe e o filho moram em uma casa na Vila Passos, em São Luís. Para repassar a experiência, Graziela e outras amigas fundaram a plataforma on-line MacroAmor, que serve como conexão entre as famílias com crianças com microcefalia. Além disso, a ferramenta também é utilizada para dar apoio às famílias que precisam de doações, entre roupas e alimentos. “Passar nossas experiências foi, sem dúvida, uma das melhores coisas já feitas por mim”, diz Graziela.
Ela sugere ainda o que outras mães devem fazer para superar possíveis atrasos de desenvolvimento de seus filhos. “Nunca desistam. Com certeza, vocês terão suas recompensas. Parabenizo a todas as mães neste dia especial para nós”, ressalta.
Apego
O apego à fé também foi de suma importância na vida da mãe. Religiosa, ela teve que revigorar valores e crenças perdidos para prover, segundo ela, uma “vida melhor para o próprio filho”. O que mais chama a atenção na jovem mãe é o “orgulho” com que ela conta o próprio cotidiano. “Às vezes, pode vir um desânimo, um cansaço, que é superado com muita força de vontade e fé”, garante.
Ser mãe é ser capaz de mudar o mundo. Não o mundo dos outros, mas o seu próprio mundo e de seus filhos. É fazer rir e alegrar em momentos carregados de cinzas e repletos de vazio. Ser mãe é também um pouco ser Graziela!
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