Dia das Mães

Conselhos para mães de primeira viagem

A experiência é excessivamente desgastante, pois a falta de jeito e de conhecimento traz consigo medos e dúvidas a todo o momento

Atualizada em 11/10/2022 às 12h48
(mãe primeira viagem h)

A maternidade é uma grande aventura, que não vem com roteiro estabelecido, tampouco com manual. Não se nasce mãe, se aprende a ser uma. Afinal, quando nasce um filho nasce também uma mãe. Nessa nova empreitada, o medo de errar toma proporções maiores, pois envolve a vida do ser que se torna o centro das atenções e do amor dos pais. Para as marinheiras de primeira viagem, a experiência é excessivamente desgastante, pois a falta de jeito e de conhecimento traz consigo medos e dúvidas a todo o momento – e o que não falta são palpiteiros de plantão para piorar isso.

O DOM Mães reuniu dicas valiosas para você encarar o período com um pouco mais de tranquilidade. Se o seu maior medo é errar, bem-vinda ao clube das mães. Se não errou, provavelmente você vai errar, mas não se torture por isso. Você não é a única.

1 - Bebes choram. Isso é normal!

Seu filho chora insistentemente e você já começa a acreditar que tem algo errado com ele – ou, pior, que tem algo errado com você, que não consegue fazê-lo parar de chorar. Vai aqui uma verdade: seu filho não fala, mas se comunica muito bem pelo choro. Você só precisa aprender a entender essa comunicação. A estratégia para começar a entender seu bebê é agir por exclusão.

Verifique a fralda, tente dar de mamar, veja se ele está se encolhendo por causa de cólicas (o choro é intenso, repetitivo, com duração mais longa, difícil de consolar e, em geral, em horários específicos), veja se a posição não está incomodando. Depois de descartar todos os possíveis motivos do check list, entenda: ele pode estar apenas inquieto. Espere passar, enquanto tenta acalmá-lo. Choros ininterruptos são comuns nos três primeiros meses - bebês podem chorar uma média de até três horas por dia. Tenha calma!

2 – Não exclua o pai da rotina

Quando um bebê chega a um casal, nasce uma mãe, mas também nasce um pai. A dedicação da mãe dos primeiros dias e meses é maior – principalmente nos casos em que ela precisa amamentar. Entretanto, o pai precisa estar envolvido nas tarefas da rotina do bebê, desde trocar fraldas aos momentos de consolar e controlar os choros. Se ele alegar que tem medo, explique que você também está aprendendo o “ofício”. Você até terá outras ajudas, como avós, amigas, enfermeiras, etc., mas a responsabilidade cabe exclusivamente ao casal.

3 – Não se desfaça de você

Ok, as primeiras semanas e até meses são bem caóticas, às vezes, mas em algum momento você terá de perceber que não é só uma mãe. Não é incomum mães sentirem uma espécie de tristeza dos primeiros dias por não se reconhecerem mais, uma espécie de luto pela mulher que ficou para trás. Mas isso é passageiro. Quanto mais cedo você entender que as tarefas podem ser compartilhadas – o pai participando da rotina, lembra? -, mais cedo terá tempo para cuidar de si mesma. Vença o cansaço e a indisposição e encontre tempo para cuidar da alimentação, arrumar o cabelo, fazer as unhas, praticar uma atividade física (as endorfinas liberadas diminuem a sensação de cansaço e elevam a autoestima) ou mesmo não fazer nada. Lembre-se: o seu bebê precisa de uma mãe saudável, bem disposta e atenta para que possa se desenvolver e ser feliz.

4 – O bebê não está passando fome

O ganho de peso é a melhor forma de você saber se o bebê está se alimentando adequadamente. Portanto, se o seu bebê está ganhando peso, então está mamando o suficiente. Outra questão: se alguém insinuar que o seu leite é fraco, desconsidere. Não existe leite materno fraco, que, aliás, é o alimento mais completo para o bebê. À medida que ele mamar mais, a produção do leite também aumenta. O que pode acontecer é a baixa produção de leite. Neste caso, é preciso informar o pediatra, que indicará a melhor forma da alimentação do pequeno ser complementada. Uma dica: converse com o seu pediatra e descubra qual é a melhor forma de amamentar seu filho - se esvaziando o leite de um só peito e, na próxima mamada, o leite do outro; ou se revezando na mesma mamada entre os dois seios.

5 – Não empacote seu filho se não estiver frio

Os bebês sentem um pouco mais de frio que uma criança maior é fato, mas eles também sentem calor. Por isso, não o vista com exagero. Assim, se estiver muito frio, a criança deve ser bem agasalhada. Se estiver calor, o ideal são roupas leves e fresquinhas. Verifique o peito do bebê para saber se ele está quentinho ou não - as mãos mais frias são uma característica própria do bebê novinho e não significam que esteja com frio. Se o bebê estiver suado, veja se ele não está vestido em excesso – o que pode nos levar ao conselho número um: ele vai chorar e ficar muito irritado.

6 – Nem tudo funciona como um relógio

Você vai querer impor disciplina em excesso nos horários do bebê, mas quer saber: não tem como você impor horários para o recém-nascido ou nos primeiros meses de vida. Ele tem seu próprio ritmo. Mas use o bom senso, isso não é motivo para que ele seja atendido no primeiro choro, o bebê precisa criar a capacidade de se reorganizar e retomar o sono sozinho.

Quanto ao horário dele evacuar, é normal nas primeiras semanas ele evacuar enquanto mama. Isso acontece por causa do reflexo gastrocólico, que avisa o intestino que é hora de funcionar. Quando está completando o primeiro mês de vida isso muda - ele pode passar dois ou três dias sem evacuar porque seu corpo ainda está sofrendo adaptações. Conforme o tempo passa, o organismo começa a juntar um bolo fecal maior antes de despertar a vontade de evacuar.

7 – Não se desespere se a pele muda

Placas avermelhadas na pele, principalmente no rosto, no primeiro mês de vida é normal. Você não precisa se desesperar, da mesma maneira que ele aparece, vai embora. As descamações e ressecamentos também são comuns nas primeiras semanas de vida bebê, pois ele passou meses envolto no líquido amniótico. Enquanto essas mudanças naturais da pele do bebê não passam, vesta o bebê apenas com roupas de algodão, lavando-as com sabão neutro e sem uso de amaciantes. Antes de usar qualquer produto na pele do bebê, consulte o pediatra dele.

8 – Ele está respirando

O bebê dormiu e você não consegue desgrudar do berço ou da porta do quarto. Bate um medo dele parar e respirar, né? Bebês possuem a respiração irregular e isso costuma ser assustador. A respiração está ofegante e passa para um ritmo bastante devagar ao longo do dia? Isso é normal. Afinal, nos primeiros meses o bebê está aprendendo tudo, até a controlar a respiração. Se a respiração dele estiver muito acelerada, tente acalmá-lo e deixá-lo mais à vontade.

DICAS

- Não enfeite demais o berço, esquecendo da segurança. Evite colocar prateleiras em cima do trocador e do berço.

- Muita gente vai querer dar palpite sobre o que funciona e não funciona. Aprenda a filtrar os conselhos e veja aquelas pessoas que podem servir de modelo para você.

- Não gaste muito com supérfluos, você vai perceber que muita coisa no mercado não tem utilidade. Aqui é uma boa hora para ouvir outras mães.

- Coordene seu horário de sono com o do bebê. Mesmo que esteja de dia, esqueça os afazeres da casa e descanse.

- Mesmo sendo uma mãe de primeira viagem, você saberá lidar com as mais diversas situações. Seus sentidos ficam mais apurados; seu sono, mais leve, e seu corpo, mais resistente ao cansaço e as dores. Confie na sua intuição.

- Não tenha medo de pedir ajuda quando precisar. Mãe, avó, marido, amigas, ninguém se incomodará de ajudar você. Você não precisa carregar o mundo nas costas

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