Senado

Senadores vão votar divididos no processo de Dilma no Senado

João Alberto já se declarou contra o impeachment da presidente; Roberto Rocha é a favor e Lobão não se definiu

Carla Lima

Atualizada em 11/10/2022 às 12h49
(João Alberto e Roberto Rocha, senadores do Maranhão)

A comissão especial que analisará o processo de admissibilidade do impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT) e posições começam a ser definidas. Entre os senadores maranhenses, dois já se posicionaram. João Alberto de Sousa (PMDB) e Roberto Rocha (PSB) já sabem como votarão nesse primeiro momento.

O primeiro é contra a admissão do processo de impeachment da presidente pelo Senado. Segundo ele, a Casa não deve dá prosseguimento ao processo. “Acredito que o Senado não deva admitir esse processo. Vivemos em uma democracia. Essa é minha posição nesse primeiro momento. Votarei não pela admissão”, afirmou o senador.

Pelos trâmites previstos, após análise da comissão especial e relatório votado, o parecer da comissão vai a plenário. O primeiro momento é a votação sobre a admissão do processo de impeachment. Somente depois é que, se aceito na Casa, a comissão volta a analisar e depois os senadores, em plenário, votaram pela cassação ou não da presidente.

Sobre esse segundo momento, João Alberto disse que não tem posição definida e que os senadores deverão ficar calados em relação ao voto nessa etapa por se tratar de um julgamento. “O juiz nunca adianta como julgará. Somente após analisar todo processo é que o juiz se posiciona. Assim os senadores devem se comportar”, disse o peemedebista.

A favor – Já o senador Roberto Rocha votará pela admissão do processo de impedimento de Dilma pelo Senado. O senador do PSB já vinha se posicionando pelo afastamento da presidente. Primeiro ele propôs, em um artigo, que o Congresso se organizasse e fizesse uma nova eleição presidencial.

O pleito ocorreria em outubro, na mesma data em que ocorrerão as eleições municipais em todo o Brasil.

Com a votação da Câmara dos Deputados que foi favorável a abertura do impeachment contra a presidente no Senado, Roberto Rocha mudou o discurso e defende que a presidente perca o mandato.

Pelas suas redes sociais, Rocha falou em relação ao Maranhão dizendo que a presidente e os governos do PT tem uma dívida com a população maranhense devido a votação dada aos petistas.

“O Maranhão, pela quantidade de votos que despejou nos governos do PT, é credor de uma dívida que não pode ser paga em poucos anos. Somos o único estado da federação que não teve uma única obra estruturante em mais de uma década. Fomos vítima do conto do vigário da refinaria”, escreveu o socialista em suas redes sociais.

O senador Edison Lobão (PMDB) foi procurado por O Estado para que ele se posicionasse em relação à admissão do processo. De acordo com a assessoria de comunicação do peemedebista, o senador ainda não se posicionou e deverá se manifestar somente após decisão da bancada do PMDB em relação ao processo. A edição online da revista Veja trouxe a informação de que Lobão votaria pelo impeachment, essa informação foi negada pela assessoria do senador.

Unidade da bancada não deverá ocorrer

Assim que a Câmara dos Deputados definiu pelo prosseguimento do impedimento da presidente Dilma, os senadores maranhenses se reuniram para conversar a respeito da posição que a bancada tomaria em relação ao processo. Nos encontros entre os maranhenses do Senado, ficou definido somente que eles caminhariam juntos para votar unidos.

As conversas e o acordo de votar unificado foram confirmadas pelos senadores João Alberto e Roberto Rocha e pelo suplente de senador Lobão Filho (PMDB). Os parlamentares não disseram, porém, que posição assumiram na votação: se contra ou a favor.

Com os novos posicionamentos, a bancada maranhense não deverá votar unida. Segundo João Alberto, nesse primeiro momento cada senador do Maranhão tomará a posição que melhor achar.

“Nesse primeiro momento, cada senador decidirá que posição deverá tomar. Se houver um segundo momento, vamos voltar a conversar”, disse João Alberto.

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