Mosquito

Lixões espalhados pela cidade contribuem para a proliferação do Aedes

Pequenos e grandes objetos jogados ao ar livre em bairros de São Luís podem acumular água e servir de criadouros para o mosquito que transmite diversas doenças, entre elas dengue, zika e chikungunya

Atualizada em 11/10/2022 às 12h49
Lixões são encontrados em vias públicas
Lixões são encontrados em vias públicas (lixoes)

SÃO LUÍS - Apesar do aumento no número de casos de dengue, zika e a febre chikungunya, o descarte de lixo de forma inadequada ainda é comum em vários pontos de São Luís. Mesmo com as diversas ações e campanhas de conscientização realizadas em níveis federal, estadual e municipal, a população continua adepta desse mau hábito, que contribui para a proliferação do mosquito Aedes aegypti

Quem passa pela Avenida Ferreira Gullar, no São Francisco, está acostumado a se deparar com lixões ao longo dos canteiros. Dois deles, localizados nas proximidades da Portelinha e do retorno da Lagoa, chamam a atenção. Nesses locais, são descartados móveis velhos, lixo doméstico, entulho e pneus, que acumulam água facilmente.

O mesmo acontece na Avenida 1, no Bequimão. Um terreno desocupado está sendo transformado em um lixão nessa, que é uma das principais vias do bairro. O local também tem servido de ponto de descarte de móveis e entulho, mas é a grande quantidade de pneus, vasos sanitários e pequenos depósitos que chama a atenção.

Fernando Costa é morador da região e se diz preocupado com a situação no geral e com a falta de consciência de quem continua jogando lixo no local. De acordo com ele, o lixão não é o único na comunidade. “Isso é um absurdo. Quem vai ser prejudicado com isso somos nós que moramos aqui”, afirmou.

Ciclo

Há meses, a Prefeitura de São Luís vem realizando ações de combate ao mosquito. As ações incluem visitas dos agentes de endemias e comunitários de saúde às casas do bairro, vistoria a possíveis focos de infestação, aplicação de larvicida e ação educativa junto à população além da coleta de ‘bagulho volumoso’ e do serviço de nebulização espacial (carro fumacê).

Para que as ações surtem o efeito necessário, é preciso o envolvimento de toda a população, principalmente por causa do ciclo rápido de vida do mosquito. O Aedes aegypti demora cerca de dez dias para atingir a fase adulta após a eclosão do ovo. Seu ciclo de vida inicia-se após a postura dos ovos por uma fêmea na parede de um criadouro com água. A eclosão do ovo ocorre quando a água entra em contato com essa estrutura.

A larva passa por quatro estágios até se tornar uma pupa. Em condições favoráveis, o período compreendido entre a eclosão e a formação da pupa gira em torno de cinco dias. Já a fase de pupa dura em média três dias. Alguns dias depois do início da fase adulta, o mosquito já está apto para o acasalamento, que normalmente ocorre durante o voo. Após a cópula, a fêmea necessita de sangue para completar o desenvolvimento dos ovos e é nesse momento que pode ocorrer a transmissão de doenças para o homem.

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