Transfobia

Entidade publica nota de repúdio contra morte de travestis no MA

Duas travestis foram mortas com requintes de crueldades em menos de 15 dias em Imperatriz; Amatra cobra ação do poder público para resolver casos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h49
Paty foi morta a golpes de faca na madrugada de ontem
Paty foi morta a golpes de faca na madrugada de ontem (travesti)

SÃO LUÍS - A presidente da Associação Maranhense de Travestis e Transexuais (Amatra), Andressa Sheron Santana, publicou nesta terça-feira (12) nota de repúdio contra assassinatos de LGBTs no estado. Duas travestis foram mortas com requintes de crueldades em menos de 15 dias em Imperatriz.

A Amatra cobrou ações do poder público para combater crimes de transfobia no Maranhão e afirmou que este é o momento de travestis e transexuais se unirem contra a violência praticadas "por esses monstros".

A última vítima foi identificada como Jhonata Araújo, de 17 anos, conhecido como Paty, que foi morta a golpes de faca na madrugada de ontem. O corpo foi encontrado em um terreno baldio, nas proximidades de uma faculdade particular. Os peritos do Instituto de Criminalística (Icrim) constataram marcas de perfurações nas partes íntimas. O corpo removido para o Instituto Médico Legal (IML).

A polícia também está investigando a morte de Orlando Ricardo do Nascimento, a Katy, de 43 anos, ocorrido no dia 28 de março. O crime teria ocorrido no pátio de um posto de combustível, às margens da rodovia BR-010, no Coco Grande. A vítima foi morta a paulada. Ela chegou a ser socorrida, mas morreu a caminho do Hospital Municipal de Imperatriz.

Leia a nota de repúdio

A Amatra (Associação Maranhense de Travestis e Transexuais) lança nota que repudia casos de assassinatos de mulheres trans no Estado do Maranhão, casos nítidos de ‪transfobia‬ Ressaltamos que seja dado a atenção e interesse por meio de justiça e que os órgãos competentes, principalmente Segurança Pública do Estado, façam com que os culpados sejam punidos, conforme os Direitos Humanos e a vida. Somos cidadãs e precisamos também de defesa por meio do Estado. E deixo aqui aos companheiros e companheiras ‪LGBTs que a hora é de nos unir e não de falarmos cada um aleatoriamente sem ter o propósito. Eles estão se organizando e se fortalecendo e nós seremos de fato exterminados por estes monstros que atentam contra um direito humano que é viver. Unimos as forças e cobramos os que nos compete que é justiça‬, segurança‬ e direitos humanos‬.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.