Conservação

Sem cuidados, monumentos de São Luís estão se deteriorando

Estruturas localizadas em algumas das principais ruas e praças da cidade estão em péssimas condições de conservação; peças que contam um pouco da história da capital estão danificadas por falta de cuidados

Atualizada em 11/10/2022 às 12h50

[e-s001]Na correria do dia a dia, muitas vezes passamos por eles sem no­tar os detalhes ou até refletir so­bre o que representam. Mas bas­ta um olhar mais atento para per­ceber as péssimas condições de conservação em que estão muitos monumentos de São Luís. Rachaduras são alguns problemas comuns em estátuas e outras estruturas do tipo.

Na Avenida Litorânea, um dos cartões-postais da cidade sofre a ação do salitre, agravada pela falta de manutenção. O monumento aos pescadores, a escultura “Arrastão”, é uma obra do escultor e pintor Cordeiro do Ma­ranhão e foi inaugurada em 31 de dezembro de 2003.
Hoje, pouco mais de uma década depois, os pescadores, a rede e a base da escultura estão em avançado estado de deterioração.

As peças estão cobertas por ferrugem, resultado inevitável da ação do salitre. Além disso, a ba­se da escultura apresenta várias rachaduras e começa a exibir as armações internas de ferro. Uma das luminárias da escultura está quebrada e coberta de terra.

A situação tem chamado a atenção de frequentadores da Praça do Pescador e turistas.
Elizabet Brittes e Adão Alves, do Rio Grande do Sul, visitaram o monumento ontem e ficaram um pouco decepcionados com o que viram. “Estávamos comentando com o guia turístico que é uma pena essa obra estar tão malconservada, porque a escultura é muito bonita e o próprio significado também”, disse ela.

Conservação
No Anel Viário, um monumento apresenta vários sinais de falta de cuidados. Localizado ao lado das barracas que foram montadas no local, o monumento de concreto está cheio de lixo e acumulando água. Além disso, parte da escultura está quebrada.

[e-s001]Na Praça da Ressurreição, no Viva Anjo da Guarda, dois painéis em azulejo estão depredados. Vândalos picharam as obras de arte, de autoria de Airton Marinho e Edson Mondego, inspiradas na cultura popular do Maranhão. É nessa praça que são realizados os principais atos da Via Sacra do Anjo da Guarda, que tem 34 anos de existência e atrai milhares de espectadores todos os anos.

Na entrada do Vinhais, os problemas são também relacionados à falta de conservação. O monumento instalado no canteiro central da Avenida Jerônimo de Albuquerque e que representa a Batalha de Guaxenduba apresen­ta várias rachaduras na base de pedras e mato crescendo nessas frestas. Além disso, as árvores do canteiro central não recebem po­da há algum tempo e começam a cobrir a escultura.

SAIBA MAIS
Nossa Senhora e a pólvora

As estátuas levantadas na rotatória do bairro Vinhais representam Jerônimo de Albuquerque e Nossa Senhora da Vitória. De acordo com a história, durante a luta entre os soldados luso-brasileiros e os invasores franceses, uma senhora diáfana apareceu misteriosamente, incentivando os combatentes na luta contra os inimigos. Quando faltava munição, ela apanhava areia da praia e a oferecia aos soldados, já transformada em pólvora, para que recarregassem suas armas. Essa era Nossa Senhora.

Monumentos deteriorados

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