Agiotagem

Agiota: ex-prefeito é preso no interior

Mulher do ex-gestor de São Domingos do Azeitão também foi detida durante a operação policial

Ismael Araujo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h50

Uma equipe da Superintendência Estadual de Prevenção e Combate à Corrupção (Seccor), vai apresentar, hoje, na sede da Secretaria de Segurança Pública, na Vila Palmeira, o ex-prefeito da cidade de São Domingos do Azeitão, José Cardoso da Silva Filho, e a sua esposa, Lêda Kzam Cardoso, que são acusados de crime de agiotagem e desvio de recurso públicos. Não foi informado o valor desviado pelos suspeitos, mas além desse ex-gestor municipal, mais 40 prefeituras maranhenses também são alvo das investigações da polícia. Esse crimes foi denunciado após a morte do jornalista Décio Sá, ocorrido no dia 23 de abril de 2012, na Avenida Litorânea.

O superintende da Seccor, delegado Roberto Wagner, informou que a ação de ontem, na cidade de São Domingos do Azeitão foi um desdobramento da operação Detonando, que investiga o envolvimento de prefeitos com agiotas no Maranhão. O cerco policial na cidade foi coordenado pelo delegado Leonardo Bastian que prendeu José Cardoso e Lêda Cardoso em casa.

Também foram apreendidos documentos e computadores que serão periciados por uma equipe da Seccor. Roberto Wagner disse que cheques da Prefeitura na época em que José Cardoso foi gestor da cidade foram encontrados em poder José de Alencar Miranda Carvalho e o do seu filho, Gláucio Alencar.

Para a polícia, eles são suspeitos de comandar uma rede de agiotagem, no Maranhão, como também apontados como os idealizadores do crime contra o jornalista de O Estado e blogueiro, Décio Sá. A equipe policial ainda esteve na residência de outro ex-gestor da cidade, identificado como Sebastião Fernandes Barros, onde apreendeu documentos. Ele não foi detido, nesse momento, pois não teria sido encontrado pela polícia durante a abordagem.

Comissão

A Secretaria de Segurança Pública determinou uma comissão formada pelos delegados da Polícia Civil e representantes do Ministério Público para investigar os crimes de agiotagem, no estado. Durante esse trabalho, seis pessoas entre gestores e ex-gestores públicos já tiveram as suas prisões preventivas decretadas e passaram alguns dias cumprindo a determinação. Deste, dois deles (Richard Nixon, do PMDB, e Manoel Edivan Oliveira da Costa, do PMN), permanecem, de acordo com a polícia, em cargos públicos. Outras quatro não estão mais ocupando cargos públicos (Raimundo Lisboa, ex-prefeito de Bacabal, Maria Arlene Barros, ex-prefeita de Dom Pedro, Perachi de Farias Moraes, ex-prefeito de Marajá do Sena e Raimundo Nonato Sampaio, o Natin, ex-prefeito de Zé Doca). “Este trabalho está sendo feito de forma diária e de acordo com a investigação novos gestores e ex-gestores podem ser presos e conduzidos para a capital onde devem prestar esclarecimentos para a polícia”, declarou Roberto Wagner.

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