Um lixão, situado à margem da MA-201 – ao lado da ponte sobre o Rio Paciência –, tem sido um transtorno na vida dos moradores adjacentes ao local. Além de causar incômodo e ser um criatório de insetos, o excesso de sujeira no terreno também traz impactos ambientais, relativos a desmatamento, e hidrográficos.

Entre os itens encontrados no lixão, estão desde sobras de construções da área civil, até restos de móveis e caixas utilizadas para embalar frutas e verduras em feiras e hortifrutigranjeiros. “Há muito tempo que não vejo qualquer carro de lixo por aqui”, afirmou o dono de bar Francisco Carlos, de 39 anos, que tem um estabelecimento comercial a poucos metros da sujeira.

Para abrir mais espaço ao despejo do lixo, algumas pessoas retiraram – de forma indevida – alguns juçarais plantados no terreno. Somado a isso, o lixo está em um terreno da Casa Madre Teresa Casini, que abriga um convento. De acordo com a representante do convento, Sofia de Almeida Fonseca, o problema é antigo e de difícil solução. “Já fizemos várias reclamações ao poder público e, até o momento, nada foi feito. O que a gente sofre aqui com sujeira e o cheiro insuportável não é brincadeira”, disse.

Ela confirmou ainda que, nos próximos dias, a direção do convento deverá se mobilizar novamente para cobrar, especialmente da Prefeitura de São Luís providências. “Se a gente não fizer desta forma, nada mudara. Ou a gente toma uma atitude mais drástica, ou continuaremos sofrendo”, explicou.

Além da destruição de parte dos juçarais na região, o lixo também prejudica uma das nascentes do Rio Paciência, que fica a poucos metros da sujeira. No local, é possível perceber que, diante da proximidade, alguns vestígios do lixo acabam caindo na água, causando poluição.

Outras denúncias
Na semana passada, O Estado denunciou o acúmulo de lixo situado às margens da Avenida dos Africanos, em São Luís. De acordo com populares, a sujeira era transportada, em sua maioria, por carroceiros e pessoas que desejam simplesmente se desfazer de móveis antigos. Além de prejudicar o saneamento básico, o lixo também servia como criadouro do mosquito Aedes aegypti.

Sobre o lixo na MA-201, de acordo com a Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semosp) da Prefeitura de São Luís, uma equipe técnica seria enviada ao local para avaliar a situação e adotar as medidas cabíveis para sanar o problema.

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