O Partido dos Trabalhadores (PT) no Maranhão se dividiu em relação à proposta do governador Flávio Dino (PCdoB), lançada num artigo publicado no dia 30 de dezembro no jornal Folha de S. Paulo, sob o titulo “Só o diálogo salvará o Brasil”, que consiste numa eventual aproximação entre o PT e o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).
O deputado estadual Zé Inácio rechaçou a proposta. Já o presidente da executiva estadual da sigla, Raimundo Monteiro, avaliou o pacto como viável, apesar de fazer ponderações em relação a postura adotada por lideranças nacionais do PSDB.
Zé Inácio considerou impossível uma aproximação entre as duas siglas que disputam o comando do país. Ele lembrou que PT e PSDB protagonizaram as disputas políticas dos últimos anos e enfatizou que essa mesma disputa deve se repetir nos próximos anos.
“Os dois partidos representam ideais e projetos de nação antagônicos. É politicamente impossível uma aproximação entre PT e PSDB nos próximos 10 anos”, disse.
O petista ainda criticou a postura do governador Flávio Dino, que no ano passado silenciou a uma proposta de pacto semelhante, pelo Maranhão, lançada pelo deputado federal e ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB).
“Flávio Dino está com a síndrome de Zé Reinaldo. Ou os dois estão certos ou um está mais equivocado que o outro”, disse.
Divergiu – O presidente do PT no Maranhão, contudo, posicionou-se de forma contrária a Zé Inácio. Para Raimundo Monteiro, há sim a possibilidade de aproximação entre as duas legendas no plano nacional, desde que o objetivo seja, tão somente, a superação da crise político, econômica e social do país.
“Se houver interesse do PSDB e responsabilidade para melhorar o país, retirar o país dessa crise política, não vejo problema nenhum. É até importante se houver essa possiblidade”, disse.
Apesar de se posicionar favorável a proposta de Dino, Monteiro ponderou que há a necessidade de mudança de postura por parte de lideranças nacionais do PSDB.
“Acho complicado, no entanto, posicionamentos como o do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em recente entrevista, de que a presidente [Dilma Rousseff] vai cair por si só. A proposta do governador é louvável, mas a gente não enxerga o mesmo gesto por parte das lideranças do PSDB”, finalizou.
Mais
O Estado entrou em contato com o suplente de senador Pinto Itamaraty (PSDB), para tratar do tema. O tucano, no entanto, optou por se omitir. Ele explicou que um acordo firmado com o vice-governador Carlos Brandão (PSDB), presidente estadual do partido, dá apenas à liderança da sigla no Maranhão, a prerrogativa de posicionar-se sobre todo e qualquer tema relacionado ao PSDB. “Tenho um compromisso com Brandão, que é presidente estadual da legenda e sempre que houver a necessidade de dar opiniões sobre o PSDB, ele é quem deve falar sobre o partido. Eu queria me omitir de qualquer informação, para que a gente não acabe dando opiniões diferentes. Eu gostaria de que você fizesse a pergunta a ele”, justificou. O Estado tentou colher a opinião de Brandão sobre o tema, mas não conseguiu. Neto Evangelista e Gardênia Castelo também foram procurados, mas não atenderam as ligações.
Empresário apoia proposta de pacto entre legendas
O empresário Abílio Diniz parabenizou o governador Flávio Dino (PCdoB) pelo artigo publicado no último dia 30 de dezembro no jornal Folha de S. Paulo, que leva como título “Só o diálogo salvará o Brasil”.
No artigo, Dino defende um entendimento entre todos os brasileiros para amenizar as atuais dificuldades enfrentadas em todo o Brasil e sugere uma aproximação entre o PT e o PSDB.
Abílio Diniz, empreendedor que implantou o primeiro supermercado Pão de Açúcar e que recentemente abriu uma nova rede nacional de padarias, destacou a importância do diálogo entre todas as lideranças nacionais. “A meu ver, esse entendimento tem que ser conduzido pelos líderes do país. O mundo carece de lideranças e os verdadeiros líderes têm que assumir as suas responsabilidades”, disse o empresário.
Diniz destacou que têm defendido a mesma ideia do governador do Maranhão, ao acreditar que é possível sair das dificuldades através do diálogo com todas as principais lideranças nacionais. “Defendo o entendimento entre os principais partidos do Brasil e na minha visão isso deve ser feito através de suas lideranças”, enfatizou.
Abílio Diniz encabeçou o projeto de implantação do primeiro supermercado Pão de Açúcar e em 2014, a Península, empresa de investimentos de sua família, adquiriu participação acionária no capital do Carrefour Brasil, do qual o empresário agora ocupa uma das cadeiras do Conselho.
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