O vereador Fábio Câmara (PMDB) colocou oficialmente ontem o seu nome à disposição do partido para a disputa da eleição para a Prefeitura de São Luís em 2016, durante um encontro com a ex-governadora Roseana Sarney (PMDB).
Roseana avaliou o peemedebista como um “excelente nome” para o pleito e disse estar feliz com a disposição do parlamentar em representar o grupo político na eleição.
O tema havia sido tratado com exclusividade ontem no blog do jornalista Marco D’Eça.
Fábio Câmara afirmou que pretende, com a eventual candidatura, evitar uma aliança do PMDB com o prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT), o qual a legenda faz oposição no legislativo municipal. Isso porque há uma corrente na legenda, que defende a composição com o pedetista.
“Por várias vezes a ex-governadora me chamou para a missão de ser candidato. O senador João Alberto, que preside a legenda, também já me propôs a candidatura. Avaliei as questões e estou disposto ao desafio”, disse.
Câmara acrescentou que além de evitar aliança do partido com o prefeito da capital, a sua candidatura seria estratégica para evitar com que o PMDB se torne “refém” do governador Flávio Dino (PCdoB), principal adversário político do grupo.
“Como é que o PMDB vai se alinhar a alguém que quer colocar as nossas lideranças na cadeia? Que passa o tempo todo se aproveitando das obras da ex-governadora e quer desmerecer o nosso trabalho? Se este for o preço para evitar que o PMDB se já levado para Edivaldo e Flávio Dino aceitarei o sacrifício”, enfatizou.
Candidatura – Desde o início do ano lideranças do PMDB têm discutido a possiblidade de candidatura própria em São Luís. O nome da ex-governadora foi defendido pela cúpula da legenda, mas ela rejeitou o projeto. Apesar disso, tem defendido abertamente candidatura própria do partido em 2016.
No fim de outubro, quando foi realizada a eleição do diretório estadual da legenda, Roseana cobrou atuação coerente da legenda no enfrentamento a Flávio Dino.
Na ocasião, ela assegurou que não aceitará aproximação do PMDB ao comunista. “Eu tenho a absoluta tranquilidade de que nós vamos sair vitoriosos nessas próximas eleições. Porque nós estaremos, na maioria das vezes [municípios], na oposição. A nível estadual, eu acho, não, tenho certeza, até porque já conversei com o senador João Alberto, que o PMDB é oposição ao governador Flávio Dino. Nós não podemos ter duas faces. Nós somos oposição ao governo, senão eu não estaria no partido. Somos oposição ao governo Flávio Dino, e por isso mesmo temos de lutar”, disse.
O senador Lobão Filho (PMDB) também defendeu postura de oposição do partido ao governador comunista. Ele descartou uma aliança do PMDB com o governador na disputa das eleições municipais e afirmou que continuará contribuindo com o projeto político da sigla.
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O ex-secretário de Saúde, Ricardo Murad (PMDB), também já colocou o seu nome à disposição do partido para a disputa das eleições municipais do próximo ano. Murad já adiantou que caso o partido não lhe garanta legenda para a disputa, ele migrará para outra sigla para disputar o pleito.
Deputado afirma que candidato precisa apresentar projeto por SL
O deputado estadual Roberto Costa (PMDB), que até o mês passado presidiu o diretório municipal da sigla em São Luís, rejeitou o termo “sacrifício” utilizado pelo vereador Fábio Câmara (PMDB). Ele também afirmou que não basta ao pré-candidato, apresentar projeto político para a legenda.
“Candidatura pelo PMDB não é sacrifício em lugar algum do país. O partido contribuiu consideravelmente para o desenvolvimento do país e do Maranhão, por isso, não pode ser considerado sacrifício”, disse.
Costa disse toda e qualquer candidatura do partido, precisará ser amplamente discutida. “A candidatura é importante, mas dentro de uma discussão em relação a um projeto que atenda às demandas de São Luís, dando solução aos problemas enfrentados pela população. Não basta apenas marcar posição política, precisa apresentar projetos para a capital”, acrescentou.
Ele afirmou que o partido tem excelentes quadros e explicou que não se opõem a Fábio Câmara, mas disse que a candidatura deve ser discutida abertamente pela legenda.
Já o senador João Alberto, presidente estadual do PMDB, que já havia chegado a conversar com Câmara sobre candidatura majoritária, não quis falar no assunto. “Não vi nada sobre isso e prefiro não comentar”, resumiu.
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