Quilópode

Fraude contra a Previdência leva a prisões no MA

Operação da PF desarticulou quadrilha que agia no Maranhão e Piauí; houve quatro presos em SL

Atualizada em 11/10/2022 às 12h53

Quatro pessoas foram presas ontem em São Luís suspeitas de participar de uma quadrilha que agia falsificando documentos para obter benefícios previdenciários. A prisão delas foi feita pela Polícia Federal (PF) durante a Operação Quilópode.

A atividade foi desenvolvida pela Delegacia de Polícia Federal da cidade de Caxias, em conjunto o Ministério do Trabalho e Previdência Social e O Ministério Público Federal, órgãos que integram a Força-Tarefa Previdenciária. As ações foram deflagradas em Caxias, São Luis, Codó, Vargem Grande, Presidente Dutra, Barreirinhas, Paço do Lumiar e também em Teresina, no estado do Piauí.

Ao todo foram cumpridos 36 mandados judiciais, sendo 10 de prisão preventiva, 22 de busca e apreensão e quatro de condução coercitiva. Desse quantitativo, a PF deu cumprimento na capital maranhense a 13 mandados judiciais sendo quatro de prisão preventiva, oito de busca e apreensão e uma de condução coercitiva.

Esquema - O inquérito ficou à cargo da delegada Milena Soares, do Grupo de Repressão à Crimes Previdenciários. As investigações, iniciadas no ano de 2012, levaram à identificação de um esquema criminoso no qual eram falsificados documentos públicos para fins de concessão de benefícios de Amparo Social ao Idoso, cujos titulares eram pessoas fictícias criadas pela associação criminosa para possibilitar a fraude.

A organização criminosa atuava desde 2010 e contava com a participação de um servidor do INSS, responsável pela concessão e atualização dos benefícios, além de funcionários do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Correios, que atuavam na abertura de contas correntes, na realização de prova de vida, na renovação de senhas bancárias e na efetivação de empréstimos consignados.

O prejuízo inicialmente contabilizado é de quase R$ 11 milhões, considerando-se os valores pagos a benefícios cujas contas bancárias encontram-se sediadas em cidades que integram a circunscrição da Delegacia de Polícia Federal em Caxias.

“Nós conseguimos identificar 288 benefícios. Eles criavam pessoas fictícias e a única verdade era a conta onde era depositado o valor dos benefícios”, disse a delegada Larissa Magalhães, chefe da Delegacia da Polícia Federal de Caxias.

Os responsáveis pelo esquema fraudulento vão responder pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica, corrupção passiva e inserção de dados falsos. Somadas, as penas para esses crimes ultrapassa 30 anos de reclusão.

Mais - Os nomes das pessoas que foram presas e que prestaram depoimentos não foram divulgados pela Polícia Federal. O nome da operação – Quilópode – faz referência à palavra de origem grega que significa "aquela que tem mil patas", em alusão ao esquema criminoso que apresentou grande ramificação e envolvimento de órgãos públicos federais e instituições financeiras.

Números

R$ 11 milhões - Foi o prejuízo inicialmente contabilizado com a fraude

36 mandados judiciais foram cumpridos ontem

10 de prisão preventiva

22 de busca e apreensão

4 de condução coercitiva

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