Divergência

Destino de Centro de Controle de Zoonoses é indefinido

Em uma primeira nota sobre o destino do órgão, a Semus informou que já havia sido alugado prédio para abrigar o centro, mas o discurso mudou

Atualizada em 11/10/2022 às 12h53
Parte administrativa do CCZ funciona no Sacavém
Parte administrativa do CCZ funciona no Sacavém (CCZ)

Em uma semana, a Secretaria Municipal de Saúde (Semus) deu duas informações divergentes so­bre o mesmo assunto: o destino que será dado ao antigo Centro de Controle de Zoonoses, que agora é chamado de Unidade de Vigilância em Zoonoses (UVZ). Em um primeiro momento, a secretaria informou que já havia sido alugado um novo prédio para abri­gar as instalações da UVZ. Ontem, a informação foi de que o destino ainda estava sob análise.

Na edição do dia 29 de outubro, O Estado publicou denúncia de que, desativado, o CCZ deixava a população de São Luís à mercê da raiva e do calazar. Na reportagem, foi denunciado que o centro não tinha local pra funcionar e somente o setor administrativo estava em atividade no Sacavém. Na ocasião, em resposta à publicação, a Semus informou que já havia sido alugado um novo prédio, on­de será instalada toda a estrutura para o pleno funcionamento da Unidade de Vigilância em Zoonoses (UVZ).

A perspectiva, segundo a secre­taria, era que as atividades fossem totalmente retomadas durante to­do este mês. Na oportunidade, a Semus informou também que formou um grupo de trabalho com técnicos e entidades de defesa dos animais para discutir ações conjuntas que possam ser implemen­tadas na capital maranhense.

Ontem, porém, a Semus informou que o processo de locação do imóvel ainda está sendo finalizado e que, tão logo os procedi­mentos legais sejam concluídos, as atividades da Unidade de Vigilância em Zoonoses serão transferidas do Centro de Saúde Carlos Macieira – onde funciona atual­mente – para a nova área.

Instalações - O Centro de Controle de Zoonoses, que funcionou por duas décadas na Universidade Estadual do Maranhão (Uema), saiu das instalações da universidade por causa de uma série de impasses entre a Secretaria Municipal e Saúde e aquela instituição de ensino superior.

Desde 2011, as atividades de captura, diagnóstico e eutanásia deixaram de ser realizadas. Com o advento da interdição judicial do centro, as ações da instituição ficaram resumidas em apenas vacinação contra a raiva. Em 2013, houve uma tentativa de revitalizar o Centro de Controle de Zoonoses, mediante proposta de melhoria nas condições físicas (com­pra de carrocinhas, reforma nas áreas de canil e gatil, além de possível intervenção nas instalações do bloco administrativo), mas isso não ocorreu.

Já no ano passado, as atividades do CCZ ficaram limitadas ao controle da raiva animal, motivadas pelo Plano de Contingência da Raiva, sendo este conduzido pelo Ministério da Saúde. Nesse momento, foi definida a ocorrência de duas campanhas de vacinação antirrábica anuais na região metropolitana por recomendação de instância superior.

VACINAÇÃO DOMICILIAR
Depois da reportagem de O Estado que alertou para o perigo da proliferação de casos de calazar e raiva por falta de funcionamento do CCZ, a Prefeitura de São Luís, por meio da Unidade de Vigilância em Zoonoses (UVZ), da Secretaria Municipal de Saúde (Semus), marcou para hoje o início da campanha de vacinação antirrábica canina e felina. A ação será desenvolvida em toda a cidade, com vacinação domiciliar. A campanha vai acontecer às sextas-feiras, das 13h às 18h, e aos sábados, das 7h às 16h. O ponto de partida da campanha será o Centro e o bairro do Coroadinho, que serão visitados, neste fim de semana, por uma equipe de 220 vacinadores, prontos para aplicar a vacina contra a raiva. Até o dia 19 de dezembro, todas as localidades da zona urbana e rural de São Luís terão recebido as equipes de vacinação, que têm a meta de imunizar 150 mil cães e gatos, com idades a partir de dois meses. Segundo a Semus, esta será a segunda campanha de vacinação antirrábica realizada este ano. A imunização desenvolvida no mês de janeiro superou a meta estabelecida.

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