PRÊMIO

Produção reconhecida

A estudante Henriqueta Evangeline, 17 anos, conquistou o 10º Premio Construindo a Igualdade de Gênero, representando o Maranhão, com a redação “Um homem frágil”; maranhense já tem um livro de poesia publicado

Italo Stauffenberg / Da Equipe de O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h54
A estudante Henriqueta Evangeline já ganhou prêmios de redação
A estudante Henriqueta Evangeline já ganhou prêmios de redação (Henriqueta Evangeline)

Amante da poesia e fiel seguidora da literatura de Carlos Drummond de Andrade e Cecília Meireles, a estudante maranhense Henriqueta Evangeline soube aproveitar bem o que tem de melhor no trabalho de grandes escritores nacionais para dar seus primeiros passos na arte da escrita. Com 17 anos, ela já tem um livro de poesias lançado (“Castelo da Poesia”) em caráter independente e relançado pela Paulinas Editora, além de, recentemente, ter conquistado o 10º Prêmio Construindo a Igualdade de Gênero por meio da redação “Um homem frágil”. Ela foi a única maranhense a receber o prêmio, que teve cerimônia de entrega para os vencedores no fim de setembro, em Brasília, com presença da atual ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci.

O concurso, que recebe apoio da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM/PR), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI), do Ministério da Educação (MEC) e da ONU Mulheres, seleciona redações, artigos científicos e projetos de escolas públicas e privadas que tratem dos temas de gênero, mulheres, feminismos, relações raciais, geração, classe social e sexualidade. Este ano foram 2.527 inscrições.

Segundo a estudante, o desejo de participar do concurso está ligado às suas decisões de vida.“Achei a proposta do concurso muito boa, pois coloca a mulher no espaço da ciência e da escrita com um reconhecimento nacional”, disse.

Para ela, as discussões em sala de aula sobre o que é ser homem no século XXI apimentaram ainda mais o seu gosto de escrever a redação “Um homem frágil”. “Observando as respostas dos alunos em sala de aula, que estavam sempre relacionadas a ‘ter que pagar contas, cuidar da mulher’ e etc, com uma visão bem primitiva e retrógrada do que eu avalio sobre o que é ser homem, resolvi colocar no papel minha opinião e minha crença. Pra mim, ser ‘homem no século XXI’ é nada mais que ser um ser humano, racional, que sente dor, ama, cuida, etc, nas mesmas condições que também servem para o que é ser mulher”, descreveu Evangeline.

A estudante relembra que descobriu que havia sido contemplada no edital quando estava em sala de aula e que a sensação de reconhecimento por sua produção foi de êxtase total. Contudo, a “ficha só caiu”, como ela descreveu, quando recebeu o prêmio em Brasília das mãos da ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres.

Não foi a primeira vez que a estudante conquistou um prêmio. Em 2013 ela participou de um concurso de redações sobre os 200 anos do Tribunal de Justiça do Maranhão e ficou com o primeiro lugar,

Prestes a concluir o Ensino Médio, ela ainda não decidiu o que cursar na faculdade. “Ainda estou naquela dúvida de final de ensino médio que você não sabe o que fazer da vida, mas com certeza algo que me faça ler e escrever bastante. Já passei duas vezes para Letras na UFRJ e provavelmente vou continuar nesse caminho”, comentou.

O reconhecimento nacional despertou na estudante a vontade de investir ainda mais em seu talento. Ela já pensa em participar de outros eventos sobre igualdade de gênero e feminismo, bem como concursos em outras áreas, com um tom superior já que no próximo ano ela estará na faculdade. Evangeline também pretende dar continuidade com a escrita de livros. “Não me resta dúvida que é isso que gosto de fazer e o que faço de melhor para contribuir com a sociedade”, finalizou a estudante. l

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