Conjuntura

Comércio varejista deve registrar queda de 4,1% no Natal, estima CNC

Se projeção for confirmada, será a primeira retração no setor desde 2004; expectativa de movimentação financeira é de R$ 32,2 bilhões

Atualizada em 11/10/2022 às 12h54
Comércio deve registrar queda nas compras de Natal
Comércio deve registrar queda nas compras de Natal (compras no natal)

Rio de Janeiro - A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) prevê que o Natal deste ano deverá registrar a primeira queda nas vendas desde 2004. A expectativa de movimentação financeira é de R$ 32,2 bilhões, o que representará uma queda de 4,1% em relação ao ano passado.

A confirmação desse quadro deverá frear a demanda por trabalhadores temporários este ano. De acordo com a CNC, pela primeira vez desde 2009 a estimativa aponta para uma retração de 2,3% no número de vagas em relação ao ano anterior.

O segmento de móveis e eletrodomésticos será um dos mais afetados pela significativa desvalorização cambial, pela inflação elevada e, sobretudo, pelo encarecimento do crédito. A previsão da CNC é que o setor apresente uma das maiores retrações em relação a 2014, com queda de 16,3% nas vendas. Dos oito segmentos avaliados, entre eles hiper e supermercados, vestuário e calçados, farmácias e perfumarias, só há expectativa de crescimento das vendas no ramo de artigos de uso pessoal e doméstico, de 3,1%.

Diante desse cenário, a contratação de trabalhadores temporários deverá ser impactada. Apesar da previsão de queda de 2,3% no número de vagas em relação a 2014, a demanda sazonal por emprego no comércio varejista deverá levar o setor a oferecer 139,6 mil posições, uma vez que o volume de vendas do comércio costuma crescer, em média, 35% no último mês do ano. A CNC estima que o salário médio de admissão poderá chegar a R$ 1.442,00.

Assim como nas vendas, a tendência de retração de vagas temporárias será liderada pelo ramo de móveis e eletrodomésticos (-10,5%), seguido por livrarias e papelarias (-5,0%) e pelas lojas de vestuário e acessórios (-4,9%).

Apesar da expectativa de queda nas vendas de vestuário, esse ramo, somado ao varejo de hiper e supermercados e às lojas de artigos de uso pessoal e doméstico, deverá responder por oito em cada dez temporários contratados para o Natal deste ano.

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