Recuo

Varejo maranhense acumula queda de 3,5% nas vendas no período de janeiro a abril

Números do IBGE apontam que nos primeiros quatro meses do ano, o pior desempenho do comércio varejistas no estado foi registrado em fevereiro, com uma retração de 8,7%

Ribamar Cunha

Atualizada em 11/10/2022 às 12h57

O atual cenário econômico de juros altos, menos crédito, endividamento das famílias e desemprego continua a afetar o varejo. De acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a atividade no Maranhão acumula queda de 3,5% nas vendas no primeiro quadrimestre deste ano.

Os números do IBGE mostram que nos primeiros quatro meses do ano, o pior desempenho do comércio varejista maranhense foi registrado em fevereiro, com uma queda de 8,7%. Incluindo-se as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção (varejo ampliado), as vendas no estado recuaram 1,4% de janeiro a abril.

Em abril, as vendas do comércio no estado tiveram retração de 3%, índice 2,6 pontos percentuais superior à variação registrada no país, que ficou em 0,4%. Apesar do desempenho ruim, os dados do IBGE revelam que a atividade registrou aumento de 4,2% na receita nominal nesse período.

Em todo o país, pelo menos sete das 10 atividades pesquisadas apresentaram variação negativa em volume de vendas: combustíveis e lubrificantes (-0,1%), livros, jornais, revistas e papelaria (-0,2%), material de construção (-1,2%), móveis e eletrodomésticos (-3,1%); tecidos, vestuário e calçados (-3,8%); artigos de uso pessoal e doméstico (-5,1%), e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-12,2%).

As atividades com resultados positivos foram veículos e motos, partes e peças (4,4%); hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,9%); e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,3%).

Ampliado - O varejo ampliado, composto do varejo mais as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, registrou, na relação abril de 2015/abril de 2014, para o volume de vendas, uma variação de -8,5%, taxa acumulada no ano de -6,1% e, em 12 meses, de -4,1%.

Este comportamento ocorreu em função do desempenho negativo de veículos, motos, partes e peças, cujo resultado interanual foi de -19,5%, acumulando no ano taxa de -16,0% e, em 12 meses de -12,6%. A redução das vendas no segmento foi decorrente, entre outros fatores, da gradual retirada dos incentivos via redução do IPI, do menor ritmo na oferta de crédito e da restrição orçamentária das famílias, diante da diminuição real da massa de salários.

Material de construção apresentou variação, no volume de vendas, de -5,0% na comparação com abril de 2014. Em relação aos resultados acumulados, as taxas foram de -4,5% no ano e de -2,6% em 12 meses, refletindo as expectativas negativas sobre o quadro macroeconômico.

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