Sei lá..., entende?

Inseguro sobre o que fazer com a megaestrutura que herdou do Programa Saúde é Vida, Marcos Pacheco não conseguiu manter vivo o sonho dos maranhenses de ter a garantia de atendimento médico digno oferecido pela rede pública.

Editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h55

É nebuloso o rumo tomado pelo Sistema Estadual de Saúde regido pelo secretário Marcos Pacheco. A batuta do titular da SES segue, desde o início do ano, em descompasso com a herança que recebeu da gestão anterior e com os anseios dos maranhenses, em São Luís e no interior.

Inseguro sobre o que fazer com a megaestrutura que herdou do Programa Saúde é Vida - responsável pela construção de UPAs e hospitais Maranhão afora - Pacheco não conseguiu manter vivo o sonho dos maranhenses de ter a garantia de atendimento médico digno oferecido pela rede pública.

O caso das UPAs é emblemático. Há uma diferença gritante, para pior, entre o antes e o depois da atual gestão.

A situação dos hospitais construídos no interior e deixados à míngua pelo Governo do Estado empossado em janeiro é outro exemplo. Um dos casos mais graves foi o do hospital de Bernardo do Mearim, fechado após suspensão do repasse estadual que viabilizava o funcionamento da unidade. O fechamento do hospital causou colapso na rede de saúde de outras cidades da região. Foi preciso o Ministério Público intervir, para que fosse garantida judicialmente a retomada do envio de R$ 100 mil mensais ao hospital.

Convidado a falar sobre seus planos para a Saúde no Maranhão a representantes dos municípios, o titular da SES tropeçou nas palavras. Sobre o destino dos hospitais de pequeno porte deixados pelo Programa Saúde é Vida, Pacheco desafinou e desagradou a plateia presente no auditório da Fiema, segunda-feira passada.

- Aí as pessoas me perguntam: o que você vai fazer com os hospitais de 20 leitos? Eu sei lá, pô! Quem tem que dizer o que vai ser feito é a regional, não sou eu - enfatizou o titular da saúde.

Quem ouviu, não gostou e criticou a postura do governo Flávio Dino de cortar repasses e implantar a política do cada um por si.

No concerto regido pela atual gestão da SES, onde o palanque ainda impera, dançar conforme a música parece ser uma imposição de vida ou morte.

Sem votos

Um fato curioso pode ser percebido por quem conversa com a população de Bom Jardim nos últimos dias.

Eleita em 2012 com mais de 50% dos votos, a prefeita Lidiane Leite parece ter “perdido” todos os seus eleitores.

Nas rodas de conversa, quase não se encontra mais quem tenha votado nela há três anos.

Rejeitada

Rejeitada pelo PP - que jura que ela não se filiou à sigla; e pelo PRB - que diz que ela saiu do partido -, Lidiane Leite deixou em Bom Jardim marcas da sua (quase) troca de partido.

Na chegada da cidade via Santa Inês ainda está amarrado ao pórtico de entrada uma faixa dando as boas-vindas ao deputado federal Waldir Maranhão.

Presidente estadual do PP, ele esteve na cidade para chancelar a chegada de Lidiane aos quadros pepistas.

Mudança

Único vereador da base da prefeita Lidiane Leite encontrado na cidade na terça-feira, 25, Antônio Carlos Sousa, o Maninho, acreditava em perseguição à aliada. Acreditava.

Em contato com O Estado, ele diz que, com o desenrolar dos fatos e a falta de defesa da gestora, “as coisas foram mudando”.

“No começo, até que era [perseguição]. Já no final, as coisas foram mudando. No começo foi [perseguição], mas aí não puderam fazer nada, começaram a mexer e deu no que deu”, disse.

Voltando ao comando

O PDT demonstra que voltará a ser o maior partido de São Luís assim como foi quando o prefeito da cidade foi Jackson Lago por três vezes.

Coma filiação do prefeito de São Luís, Edivaldo Júnior, o partido retorna ao comando da capital e deverá ter mais espaços na administração do futuro filiado.

A militância pedetista está em festa e muitos dos tradicionais já esperam espaços maiores e melhores na gestão de Edivaldo.

Sem democracia

O governo estadual demonstra o quanto a nova “república” de Flávio Dino é pouco democrática.

O comando da Polícia Militar puniu com dois dias de prisão um soldado que fotografou um bandeco dado aos policiais do Batalhão de Choque no dia da visita da presidente Dilma Rousseff ao Maranhão.

A audácia do policial em um estado democrático de direito seria legal, mas na república dinista, a falta foi grave.

Repúdio

O deputado estadual Edilázio Júnior (PV) propôs ontem na Assembleia Legislativa, moção de repúdio ao deputado federal Valdir Colatto (PMDB-SC).

Colatto defendeu, em rede social, a criação de uma nova nação a partir dos estados que compõem a Região Sul do país e comparou Santa Catarina ao Maranhão.

Edilázio repudiou a postura do deputado e pediu apoio dos colegas para a aprovação da moção, já protocolada na Mesa da Casa.

Aprovados

A Assembleia aprovou ontem, por unanimidade, projetos de lei que estabelecem diretrizes e bases para os programas estaduais de conscientização do uso racional de água e de energia elétrica.

Os projetos foram propostos pelo presidente da Comissão de Assuntos Econômicos, deputado Adriano Sarney (PV).

Caberá agora ao poder público disciplinar a participação de instituições públicas, privadas e a comunidade cientifica nas discussões dos programas.

Reação I

O deputado Sarney Filho (PV/MA) criticou o relatório preliminar da comissão especial que analisa o novo Código de Mineração, apresentado ontem, pelo relator, deputado Leonardo Quintão (PMDB/MG).

De acordo com o líder do PV, o texto traz dispositivos que fragilizam a proteção ambiental, como o artigo 119, que permite demarcar terras indígenas, ampliar reservas e unidades de conservação por meio de uma futura Agência Nacional de Mineração (ANM).

O parlamentar critica ainda a inclusão do artigo 136 que permite a exploração em unidades de conservação de uso sustentável sem fazer distinção entre as categorias.

Reação II

Sarney Filho revela que o PV pedirá a supressão desses dois artigos, pois colocam os interesses minerários acima dos interesses das unidades de conservação, das terras quilombolas e das áreas indígenas.

E critica a inclusão da proposta no relatório final: “É inaceitável e impróprio querer fazer de artigos atalhos para que os direitos difusos da sociedade sejam desrespeitados em função de direitos concretos de empresas de mineração”.

Por fim, o deputado do PV ressalta a posição contrária da oposição à proposta apresentada pelo relator.

Impugnado

A OAB, por meio de sua Procuradoria, impugnou terça-feira, 25, o edital n° 17/2015, do Governo do Maranhão, que trata de processo seletivo da Sejap.

O seletivo cria vagas para os cargos de especialista penitenciário e técnico penitenciário temporário.

A impugnação é voltada especificamente aos requisitos de investidura e exercício das atribuições do cargo Especialista em Direito. Isso porque o seletivo não exige a OAB do candidato com bacharelado em Direito.

E mais

O secretário estadual de Desenvolvimento Social, Neto Evangelista (PSDB), negou que haja conversas dele com o governador Flávio Dino para que ele deixe o cargo.

Segundo nota de esclarecimento, Evangelista não tem problemas de saúde e passou somente por exames, o que não o deixa impossibilitado de exercer o cargo.

Há rumores de que o ex-prefeito de São Luís e atual deputado federal João Castelo (PSDB) ingressará no PMDB.

Castelo quer mesmo ser candidato a prefeito de novo e como não consegue lugar no ninho tucano, vem tentando espaço em outras legendas que garantam seu projeto.

Da deputada Andrea Murad para o secretário Marcos Pacheco, quarta-feira, na Assembleia: "Ele diz que não sabe o que fazer com os hospitais de 20 leitos e eu não sei é o que ele faz ainda na Secretária de Saúde”.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.