Após anos sendo usuário de drogas e seis meses em tratamento afastado do trabalho, seu Francisco pediu “demissão” do CAPSAD para seguir sua vida e, ao sair do mundo das drogas, ele entrou no das corridas, algo que nunca imaginou e que tem mudado a sua vida por completo. “Hoje, quase diariamente, eu corro e treino. No trabalho, da mesma forma que as pessoas não sabiam que eu era usuário de drogas por estar sempre presente e bem, não sabiam que eu corria. Até que em 2013 eu pedi para me inscreverem na Corrida São Luís em que eu alcancei o primeiro lugar”, relembra com orgulho sobre os passos que deu até onde está hoje.
Seu Francisco alcançou o primeiro lugar na Corrida São Luís, nos três anos em que participou, e carrega diversas medalhas de todas as corridas que já teve o prazer de participar e garante que, quando tem uma corrida da qual ele não participa, se sente até triste. A cada corrida, ele vai batendo seus recordes e pretende bater mais um na Argentina. “Pra mim, é tudo. Eu adoro correr. Corro todos os dias. Aos poucos, já peguei todos os macetes. No começo eu corria que nem doido, agora não, já aprendi” comenta.
Os macetes sobre corrida ele aprendeu com seus amigos e companheiros que também o incentivaram e patrocinaram para participar da maratona em Buenos Aires, que acontecerá em outubro e as expectativas do atleta, são as melhores. “Quero quebrar o meu recorde e fazer em 3h30min”, acrescenta.
Quando seu Francisco não está treinando ou no trabalho, em seu tempo livro, ele assiste a jornais. Ele não costuma ver filmes ou novelas, mas está sempre antenado nas notícias e informações do Brasil e do mundo.
Seu filho e esposa, diferentemente dele, não gostam de correr. Como ele mesmo afirma, são sedentários. E, para eles, foi uma alegria quando ele, por si só, decidiu sair do mundo das drogas. “Eu nunca deixei de trabalhar por causa das drogas, trabalho no meu emprego atual há cinco anos, minha carteira de trabalho tem várias assinaturas e eu já fiz vários cursos”, explica.
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