Governo Dilma

Governo Dilma pretende preencher 200 cargos ainda neste semestre

Governo articula com aliados no Congresso a indicação para vários postos em todo o país

Marco D''Eça

Atualizada em 11/10/2022 às 12h55
Ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha (PMDB), disse que cerca de 200 cargos federais ainda precisam ser preenchidos em 8 estados
Ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha (PMDB), disse que cerca de 200 cargos federais ainda precisam ser preenchidos em 8 estados (Eliseu Padilha, ministro da Aviação)

Brasília - O governo Dilma Rousseff (PT) pretende finalizar as nomeações políticas para cargos do terceiro escalão nos Estados durante as próximas duas semanas. A presidente espera dessa forma conter uma parte da beligerância do Congresso nas votações, ao longo do segundo semestre.

O ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha (PMDB), disse que cerca de 200 cargos federais ainda precisam ser preenchidos em 8 estados. Faltam também ser confirmadas outras 10 nomeações de segundo escalão, em Brasília.

Nos cálculos de Padilha, hoje, apenas 160 dos 513 deputados votam com uma taxa de 70% de fidelidade ao Palácio do Planalto. A ideia aumentar esse grupo de fiéis para algo acima de 257 - a metade mais um dos votos na Câmara.

Filiado ao antigo MDB em 1966 e depois ao PMDB, quando o partido mudou de nome, Padilha considera grave a conjuntura pela qual passa o país. "Não convivi com nenhum momento como [esse que] nós estamos vivendo, nenhuma situação similar", diz.

Articulação - Os postos federais que estão sendo entregues para a indicação política nos Estados incluem Delegacias do Trabalho ou chefias de agências do INSS.

Não convivi com nenhum momento como [esse que] nós estamos vivendo, nenhuma situação similar"Eliseu Padilha, ministro da Aviação

Apesar de sua pasta ser a da Aviação Civil, Padilha, 69 anos, despacha diariamente no gabinete da Secretaria de Relações Institucionais do Palácio do Planalto. Ele ajuda o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), no trabalho de articulação política entre o Poder Executivo e o Congresso.

A missão de Padilha é sistematizar o formato de redistribuição de cargos federais para os deputados e senadores que estão na chamada "base aliada" no Congresso. Hoje, há 28 partidos representados no Poder Legislativo. Desses, 20 são teoricamente aliados do governo.
Na prática, a história é outra. Padilha atua na política de maneira cartesiana desde a época em que foi ministro dos Transportes de 1997 a 2001, no governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Seus mapas de controle indicam como cada um dos deputados e senadores votam em projetos de interesse do governo - e quantos cargos esses políticos têm no governo e quanto tiveram de emendas ao Orçamento liberadas.

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