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Mulheres farão ato em defesa do parto humanizado

Programação conta ainda com um mamaço, que faz parte das comemorações da Semana Mundial de Amamentação

Atualizada em 11/10/2022 às 12h56

Mamães, grávidas, familiares e mulheres em geral se reúnem hoje na Avenida Litorânea em um ato pelo respeito à escolha do parto normal e pela humanização da assistência. A ação ocorre a partir das 16h, no Parquinho da Litorânea, e conta uma programação com várias atividades voltadas à defesa da maternidade não só na capital, mas em todo o estado.

O movimento de São Luís levanta a bandeira “Só um minutinho, me deixa nascer” e defende principalmente a valorização do parto normal frente à grande quantidade de cesáreas realizadas no país. Atualmente, mais da metade dos bebês brasileiros nascem desta forma segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), e o órgão recomenda que essa taxa fique entre 10% e 15% dos partos. Além dessa questão central, o movimento luta pela humanização na assistência.

De acordo com uma das organizadoras, Camila Andrade, a iniciativa do movimento nasceu com base nas experiências negativas das próprias integrantes. Casos de violências obstétricas, dificuldades no processo para garantir o parto normal na rede pública e também pelos planos de saúde e situações do tipo levaram o grupo a levantar a bandeira em defesa do que é melhor para as mães os bebês.

“Para ter o parto normal, encontramos uma série de dificuldades. O médico não quer perder tempo esperando. Colocam mitos. As maternidades não querem atender ou cobram mais para fazer o parto normal. São induzidas muitas cesáreas desnecessárias, o que é arriscado para a mãe e o bebê. Enquanto outros países e outros estados estão mudando isso, o Maranhão está na contramão. Queremos mudar isso”, Camila Andrade.

Ato - Depois de ter conseguido o apoio de órgãos como o Procon e a Secretaria de Estado da Mulher, o grupo fará um ato público hoje em São Luís contribuindo assim com a luta de muitas mães. Será a segunda vez que a capital contará com um evento do tipo. O ato começa com um momento de pintura nas barrigas das grávidas e segue com uma encenação de peça, discursos, apresentação do grupo Maratuque Upaon Açu. A programação conta ainda com um mamaço, parte das comemorações da Semana Mundial de Amamentação, que segue até o dia 7 de agosto.

Além de alertar para os benefícios da amamentação para o desenvolvimento do bebê, o mamaço vai defender a ampliação da licença-maternidade para facilitar a amamentação de bebês de mães trabalhadoras. Uma das preocupações nessa abordagem é com a introdução precoce de alimentos, o que pode gerar consequências para a saúde da criança.

Sugestão de olho

“São induzidas muitas cesáreas desnecessárias, o que é arriscado para a mãe e o bebê. Enquanto outros países e outros estados estão mudando isso, o Maranhão está na contramão. Queremos mudar isso”

Camila Andrade, do movimento pela humanização do parto

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